Defesa de Heleno corrige diagnóstico de Alzheimer após cobrança do STF

A defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), enviou esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) corrigindo informações sobre seu estado de saúde.

Em resposta a uma solicitação do ministro Alexandre de Moraes, o advogado Matheus Milanez informou que o diagnóstico de Alzheimer de Heleno é do início de 2025, negando que a doença existisse desde 2018.

O esclarecimento foi enviado no contexto do pedido de prisão domiciliar para Heleno. A defesa afirma que o militar, que vai completar 78 anos, tem uma doença neurodegenerativa sem cura e não está em condições de cumprir pena no regime fechado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já se manifestou a favor do cumprimento da pena em casa. Moraes deve analisar os documentos e decidir ainda nesta semana.

No sábado (29), Moraes havia determinado que a defesa apresentasse, em cinco dias, provas documentais detalhadas sobre o diagnóstico e evolução do Alzheimer alegado para justificar o pedido de prisão domiciliar. Condenado a 21 anos por envolvimento em trama golpista, Heleno cumpre pena no Comando Militar do Planalto.

No despacho, o ministro questionou como Heleno pôde chefiar o GSI entre 2019 e 2022 se já tivesse a doença, ressaltando que não há documentos médicos desse período nos autos. Também exigiu o exame inicial de 2018, prontuários, laudos e receitas médicas, além de saber se o diagnóstico foi comunicado aos serviços de saúde da Presidência enquanto Heleno era ministro.

Ainda nesta semana, o STF deve concluir o julgamento virtual de sete membros da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), acusados de omissão nos atos de 8 de janeiro de 2023. Até agora, o relator Alexandre de Moraes votou, e os demais ministros têm até sexta-feira para registrar seus votos no sistema virtual.

Créditos: Jovem Pan