Defesa nega ligação entre pedido de blindados de Castro e operação contra Comando Vermelho
O Ministério da Defesa declarou que o pedido feito pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para o fornecimento de veículos blindados da Marinha não estava relacionado à grande operação realizada nesta terça-feira, 28, contra o Comando Vermelho. Nesta ação, pelo menos 64 pessoas morreram, incluindo quatro policiais, e 81 foram presas.
Em entrevista no fim da manhã, Castro expressou insatisfação diante de supostas recusas do governo federal a pedidos para reforçar a segurança pública estadual. Ele afirmou: “Tivemos pedidos negados três vezes: para emprestar o blindado, tinha que haver Garantia da Lei e da Ordem (GLO), e o presidente é contra a GLO. A cada dia uma justificativa para não colaborar”.
De acordo com o Ministério da Defesa, o pedido pelos veículos blindados estava ligado a um episódio ocorrido em dezembro de 2024, quando uma capitão-de-mar-e-guerra da Marinha foi morta ao ser baleada no Hospital Naval Marcílio Dias.
“Naquela ocasião, a Marinha posicionou veículos blindados no perímetro do hospital, respeitando o limite legal de 1.400 metros em torno das instalações militares, medida destinada a garantir a segurança da área e dos militares”, explicou a pasta.
O ministério acrescentou que a Advocacia-Geral da União emitiu um parecer técnico indicando que o atendimento ao pedido do governo do Rio de Janeiro só seria possível no contexto de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem, cenário que exigiria decreto presidencial.
Créditos: CartaCapital