Departamento de Justiça dos EUA censura trechos dos arquivos de Jeffrey Epstein

Na sexta-feira (19), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou milhares de documentos relacionados ao caso Epstein, mas muitos trechos foram censurados além do exigido pela legislação americana.

Segundo uma carta enviada ao Congresso pelo vice-procurador-geral Todd Blanche, o departamento acredita que pode ocultar informações mesmo quando não existe obrigação legal para isso. Essas supressões geralmente visam proteger vítimas, evitar a exposição de lesões graves, salvaguardar investigações em andamento e a segurança nacional.

A carta ainda apontou que o Departamento de Justiça retém informações internas sigilosas, incluindo documentos que detalham processos deliberativos e comunicações entre advogados e clientes.

Esse nível de censura gerou críticas de democratas na Câmara dos Deputados, que alertaram que, caso a lei não seja cumprida integralmente, poderão recorrer à justiça para exigir a divulgação completa dos documentos.

O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, afirmou em comunicado que o governo Trump teve 30 dias para liberar todos os arquivos de Epstein e que não fazê-lo implica em violação da lei. Ele acusou o Departamento de Justiça, o presidente Donald Trump e a procuradora-geral Pam Bondi de estarem comprometidos em esconder a verdade.

Entre os arquivos divulgados, há fotografias e documentos contendo nomes de figuras públicas e celebridades, como Bill Clinton e Michael Jackson. Nenhuma imagem revela atividade sexual, sendo a maioria fotos registradas em eventos ou ocasiões públicas.

Créditos: CNN Brasil