Desabamento em restaurante de Fogaça em SP deixa uma morte e feridos
Wallace Palmeiras, funcionário de manutenção de 28 anos, relatou que o prédio onde funciona o restaurante Jamile, associado ao chef Henrique Fogaça, apresentava rachaduras no teto e paredes desde 2024. O restaurante, localizado na Bela Vista, centro de São Paulo, desabou em parte na tarde de quarta-feira (8), causando uma morte e ferimentos em outras cinco pessoas.
Palmeiras estava no local cerca de dez minutos antes do desabamento do mezanino e informou que as vítimas — incluindo a mulher que morreu e os feridos — trabalhavam no estabelecimento, que ainda não havia aberto para o público naquele dia. Ele permaneceu na cena para acompanhar a situação de um amigo que ficou soterrado.
O restaurante opera em um prédio de três andares, reformado em 2015 quando inaugurado. Sua cozinha fica no segundo andar, que também abriga depósito e área administrativa. O design do local é destaque, com tijolos aparentes e grandes vidraças, e decoração com objetos recolhidos globalmente pelos sócios.
Três pessoas feridas foram levadas para atendimento em pronto-socorro e UPAs próximas, além de uma vítima socorrida pelo Samu. O homem soterrado foi resgatado consciente e encaminhado ao Hospital das Clínicas. Aproximadamente 20 pessoas estavam no restaurante no momento do acidente.
O Corpo de Bombeiros descartou explosão de gás como causa. O capitão Maycon Cristo confirmou que não houve incêndio ou vazamento, apenas o desabamento do mezanino. Relatou que duas vítimas tiveram lesões nas costas, com uma apresentando dificuldade para respirar, e outra sofreu escoriações.
Henrique Fogaça, que está fora do país, emitiu nota expressando solidariedade às vítimas e ressaltando que sua participação no restaurante se limita à criação e assinatura do cardápio, não tendo envolvimento na administração ou operação do negócio. O imóvel possui CLCB (Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros) válido.
Com dez anos de operação, o Jamile serve comida contemporânea e pratos autorais. Durante a pandemia, foi um dos poucos restaurantes de Fogaça em São Paulo que manteve atividades, funcionando apenas com entregas. O restaurante é gerido por Alberto “Turco Louco” Hiar, e não pelo chef, que tem outros estabelecimentos na cidade.
Créditos: Folha de S.Paulo