Dois guardas nacionais baleados em ataque próximo à Casa Branca

Dois membros da Guarda Nacional foram baleados nesta quarta-feira, 26, em Washington, perto da Casa Branca, e encontram-se em estado crítico. A prefeita da capital dos Estados Unidos classificou o episódio como um “ataque a tiros direcionado”.

O diretor do FBI, Kash Patel, informou que os dois guardas estão gravemente feridos, esclarecendo informações incorretas que indicavam a morte deles. “Dois dos nossos valentes integrantes da Guarda Nacional foram alvejados em um ato horrível de violência. Eles foram atingidos por disparos e estão em estado crítico”, afirmou Patel em coletiva.

Este é o incidente mais grave envolvendo a Guarda Nacional desde que o presidente Donald Trump começou a enviar tropas às ruas de cidades governadas por democratas, pouco após iniciar seu segundo mandato, em janeiro.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, durante visita à República Dominicana, anunciou o envio de 500 militares adicionais a Washington, aumentando para mais de 2.500 o número total de agentes da Guarda Nacional na cidade.

“Isso apenas reforça nossa determinação de garantir que Washington, DC, seja uma cidade segura e agradável”, declarou Hegseth.

A prefeita Muriel Bowser descreveu o episódio como um “ataque a tiros direcionado” contra os guardas. A porta-voz do governo, Karoline Leavitt, chamou o evento de uma “situação trágica” e mencionou que Trump segue acompanhando o caso.

Um suspeito foi detido pela polícia local, enquanto helicópteros sobrevoavam a região.

Antes da confirmação do estado dos guardas, o presidente Trump afirmou em sua rede social Truth Social que o agressor, que também ficou gravemente ferido, “pagará um preço muito alto”.

Reportagens da AFP observaram uma pessoa vestida com uniforme militar sendo evacuada em uma maca a cerca de duas quadras da Casa Branca. Três vítimas de disparos foram atendidas pelas equipes de resgate da cidade.

Testemunhas relataram ouvir tiros próximos à estação de metrô Farragut West, local do ataque, durante o início da tarde, horário em que a área costuma estar cheia.

Segundo Jeffery Carroll, chefe adjunto da polícia de Washington, o suspeito “emboscou” as vítimas ao dobrar a esquina e atirar contra os guardas. O agressor foi rapidamente contido por outros integrantes da Guarda Nacional e forças policiais.

Diversas dezenas de viaturas e agentes das forças de segurança locais e federais foram mobilizados, e a área foi imediatamente isolada.

Desde agosto, militares da Guarda Nacional estão destacados em Washington a pedido do presidente Trump, o que tem gerado críticas do governo local, que considera um excesso do Executivo federal. Desde junho, Trump tem enviado essas tropas para cidades como Los Angeles, Washington e Memphis, contrariando autoridades locais democratas, alegando a necessidade de combater a criminalidade e apoiar o órgão federal de imigração ICE.

Créditos: CartaCapital