Internacional
12:06

Dois militares da Guarda Nacional baleados perto da Casa Branca sobrevivem a cirurgia

Dois integrantes da Guarda Nacional foram baleados em um ataque ocorrido na quarta-feira (26) próximo à Casa Branca, em Washington, D.C. A presença dos militares na capital dos EUA ocorreu por ordem do presidente Donald Trump.

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, afirmou em entrevista na quinta-feira (27) que ambos os militares passaram por cirurgia e sobreviveram. Ela acrescentou que, se eles não resistirem aos ferimentos, o suspeito enfrentará acusações de terrorismo com pena mínima de prisão perpétua, sendo buscada também a pena de morte.

Os militares baleados foram identificados como Sarah Beckstrom, 20 anos, e Andrew Wolfe, 24 anos, e seguem em estado crítico. O atirador, que utilizou um revólver, também está internado. Jeanine Pirro, procuradora do Distrito de Columbia, e Kash Patel, diretor do FBI, declararam que a investigação de possível terrorismo está em curso. Busca e interrogatório foram feitos na residência do suspeito e em outras localizações associadas.

O autor do ataque foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, um cidadão afegão que chegou aos EUA em 2021. Conforme informado pelo diretor da CIA, John Ratcliffe, ele colaborou anteriormente com o governo dos EUA como membro de uma força parceira em Kandahar, no Afeganistão.

Pam Bondi ressaltou que Sarah Beckstrom havia se voluntariado para trabalhar durante o feriado de Ação de Graças, como outros guardas, para que outros pudessem estar com suas famílias. No entanto, agora suas famílias acompanham os militares em hospitais enquanto eles lutam pela vida.

O ataque gerou o lockdown na sede do governo americano. Donald Trump, que estava fora da capital no momento, qualificou o atirador como “animal” e afirmou que ele pagará um preço alto pelo crime.

Desde agosto de 2025, mais de 2 mil soldados da Guarda Nacional estão em Washington, mobilizados por ordem executiva de Trump, que declarou emergência criminal na cidade para apoiar a polícia local, proteger prédios federais e reforçar a segurança pública. Tal intervenção gerou resistência da prefeita Muriel Bowser, que classificou a medida como alarmante e sem precedentes.

A Guarda Nacional é composta por militares da reserva convocados em emergências ou missões específicas e, embora comandada majoritariamente pelos estados, pode ser acionada pelo governo federal. Na atual mobilização, eles reforçam a vigilância nas imediações da Casa Branca, mas não realizam a proteção rotineira do local, responsabilidade do Serviço Secreto.

Os dois militares baleados estavam em patrulhamento quando foram atacados. Após os disparos, a área foi isolada e as investigações continuam para apurar motivação e circunstâncias do ocorrido.

Trump não estava na cidade durante o ataque e viajou para a Flórida para o feriado. O vice-presidente J.D. Vance também estava ausente. Em rede social, Trump voltou a condenar o agressor e informou que o autor dos disparos está gravemente ferido.

As autoridades seguem monitorando o caso e realizando ações investigativas com foco no terrorismo.

Créditos: g1

Modo Noturno