Drones lançam bombas contra policiais na megaoperação no Alemão e Penha
Durante a megaoperação realizada na terça-feira (28) nos Complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, criminosos utilizaram drones para lançar bombas contra policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a força de elite da Polícia Civil do RJ.
Até as 7h20, quatro suspeitos foram mortos em confronto — eles eram da Bahia e do Espírito Santo —, quatro foram baleados e 17 presos.
A ação, denominada Operação Contenção, reuniu cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar. O objetivo foi cumprir 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão contra lideranças do Comando Vermelho, buscando impedir a expansão territorial da facção.
Imagens registraram os drones sobrevoando os policiais e lançando granadas. Não há informações de feridos entre os agentes.
Em resposta à ação policial, os traficantes reagiram com tiros e ergueram barricadas em chamas, com colunas de fumaça visíveis de vários pontos da cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que cinco unidades de Atenção Primária suspenderam o início das atividades e avaliam a reabertura nas próximas horas. Uma clínica da família iniciou atendimento, mas interrompeu as visitas domiciliares.
Conforme a Secretaria Municipal de Educação, 28 escolas no Complexo do Alemão permaneceram fechadas e 17 não abriram na Penha. A Secretaria Estadual de Educação informou o fechamento de uma escola.
Por medida de segurança para motoristas e passageiros, o Rio Ônibus comunicou desvios preventivos em 12 linhas de ônibus.
A Operação Contenção envolveu policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE), unidades operacionais da PM da capital e Região Metropolitana, além de agentes da Polícia Civil de diversas delegacias especializadas e da Subsecretaria de Inteligência.
Helicópteros, veículos blindados, máquinas de demolição e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate também participaram da operação.
A ação contou com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro e foi baseada em uma investigação de um ano conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Pelo menos 30 dos procurados são originários do Pará.
Créditos: g1 Rio