Entenda os mísseis Tomahawk que a Ucrânia quer usar contra a Rússia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky solicitou ao então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o fornecimento de mísseis Tomahawk para a utilização na guerra contra a Rússia.

O míssil de cruzeiro Tomahawk está presente no arsenal militar americano desde os anos 1980. Apesar de ter uma velocidade baixa para os padrões de mísseis modernos, ele se move a aproximadamente 30 metros acima do solo, o que dificulta sua detecção pelos sistemas de defesa inimigos.

Entretanto, autoridades de Defesa, que preferiram não se identificar ao conceder informações à Associated Press, indicam que há limitações técnicas que podem dificultar o uso desses mísseis pela Ucrânia.

Os Estados Unidos costumam lançar os Tomahawk quase exclusivamente a partir de navios e submarinos. Embora esteja em desenvolvimento uma plataforma para lançá-los do solo, essa tecnologia ainda não está operacional, mesmo para as Forças Armadas americanas.

A Ucrânia não possui uma Marinha equipada com embarcações capazes de transportar o míssil, que mede cerca de 6 metros de comprimento e pesa aproximadamente 1.510 kg. Conforme dados do Pentágono, o custo médio de cada Tomahawk é de 1,3 milhão de dólares, equivalente a cerca de 7 milhões de reais.

Segundo o diretor de ciências militares do Royal United Services Institute à agência Reuters, a entrega dos mísseis Tomahawk pelos EUA para a Ucrânia teria impacto direto no conflito.

“Os russos certamente ficariam preocupados caso essas armas fossem efetivamente fornecidas, devido ao alcance e à precisão dos mísseis, assim como pelos tipos de alvos que poderiam atingir ou ameaçar”, afirmou o especialista.

É importante destacar que nem os Fuzileiros Navais, nem a Marinha dos EUA incluíram a aquisição de novos mísseis Tomahawk em seus orçamentos mais recentes.

Créditos: g1