Entidades alertam para monitoramento de manifestantes anti-Trump nos EUA

Entidades de defesa civil alertaram que manifestantes anti-Trump que participam dos atos “No Kings” neste sábado, 18, podem estar sujeitos a monitoramento pelo governo dos Estados Unidos utilizando tecnologias avançadas, conforme reportagem da agência Reuters. Ferramentas como reconhecimento facial e rastreamento de celulares são utilizadas por agências federais para esse tipo de vigilância.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA tem tradição no uso de tecnologia para monitoramento. Durante o segundo mandato de Donald Trump, protestos anteriores foram observados com o uso de drones MQ-9 Predator. A Electronic Frontier Foundation ressaltou que o protesto próximo à Casa Branca, em Washington, deverá receber atenção especial das autoridades.

Ryan Shapiro, diretor do grupo Property of the People, afirmou que o monitoramento de protestos pacíficos existia em governos passados, mas que sob Donald Trump a prática representa uma ameaça maior para a democracia americana. Ele destacou para a Reuters que a situação atual configura uma ameaça existencial.

Os protestos “No Kings” prometem ocorrer pacificamente, assim como na edição anterior, porém as ações de vigilância continuam sendo rotina. Um especialista da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) comentou que questionar essas práticas judicialmente é difícil, já que o monitoramento digital governamental é de difícil comprovação.

O grupo Property of the People obteve um documento interno do governo americano que preocupou especialistas, mostrando que os protestos deste sábado estão sob vigilância de centros de inteligência dos EUA. Apesar de descritos como “pacíficos”, relatórios de inteligência sobre as manifestações estão sendo elaborados pelo governo.

Créditos: Veja Abril