Internacional
14:07

EUA divulgam fotos do USS Gerald Ford no Caribe em contexto de tensão com Venezuela

A Marinha dos Estados Unidos divulgou as primeiras imagens do grupo de ataque do USS Gerald Ford, o maior porta-aviões do mundo, após sua chegada ao mar do Caribe.

Essa divulgação ocorre em meio a uma escalada inédita das tensões entre o governo Trump e o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.

O secretário de Guerra americano, Pete Hegseth, anunciou em 13 de novembro a operação “Lança do Sul” contra o narcotráfico, intensificando temores sobre uma possível ação militar direta dos EUA em território venezuelano.

A Casa Branca informou que realiza operações militares contra cartéis de drogas latino-americanos e acusa Maduro de comandar o Cartel de Los Soles.

As fotos mostram o USS Gerald Ford navegando em formação com destróieres USS Winston Churchill, USS Mahan, e USS Bainbridge, além de aeronaves como jatos de ataque e um bombardeiro B-52 Stratofortress sobrevoando o grupo.

O porta-aviões chegou à América Latina em 11 de novembro, integrando uma campanha de pressão do governo Trump contra Maduro, que denuncia tentativas de derrubá-lo do poder.

O setor militar dos EUA na área do Caribe já inclui navios de guerra, jatos F-35, helicópteros de operações especiais e bombardeiros. Maduro acusa os EUA de fabricarem uma guerra para justificar ações contra seu regime.

Os aviões de carga C-2A Greyhound foram detectados pousando em Porto Rico, indicando a proximidade do grupo de ataque no Caribe.

O presidente Trump recebeu do Exército opções para ataques à Venezuela, conforme informações da imprensa americana.

Especialistas consultados pelo G1 consideram a presença do USS Gerald Ford um sinal claro da disposição dos EUA em usar força militar contra Maduro.

O governo Trump designou cartéis latino-americanos como organizações terroristas e dobrou a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões, além de enviar diversas embarcações e aeronaves para o sul do Caribe.

Trump admitiu autorizar operações secretas da CIA na Venezuela e indicou que incursões terrestres contra cartéis de drogas poderão ocorrer em breve.

Reportagem do jornal The Wall Street Journal revelou que o governo Trump mapeou possíveis alvos militares venezuelanos para bombardeio sob a acusação de uso dessas instalações para o tráfico de drogas, embora Trump tenha negado planos de ataque.

Especialistas afirmam que o conflito está ligado ao interesse dos EUA em derrubar Maduro e acessar reservas venezuelanas de petróleo e minerais, mesmo que o governo americano declare combater somente o narcotráfico.

Em resposta à escalada militar dos EUA, a Venezuela recorreu à ajuda da Rússia e da China. A Rússia se declarou pronta para ajudar, sem detalhar as ações.

O grupo de ataque segue operando na região da América Latina e do Oceano Atlântico, reforçando a presença militar norte-americana na área.

Créditos: G1

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