EUA realizam ataque na costa da Venezuela com sobreviventes pela primeira vez, diz agência

Na quinta-feira, 16, o Exército dos Estados Unidos lançou um novo ataque próximo à costa da Venezuela contra um barco suspeito de ligação com o narcotráfico. De acordo com a agência Reuters, foi a primeira vez que houve sobreviventes entre a tripulação.

A Reuters conversou com uma autoridade americana que pediu anonimato e afirmou que não está claro se o ataque deixou sobreviventes de forma intencional. A fonte não forneceu mais detalhes sobre o ocorrido.

Esse episódio suscita questões sobre se os militares dos EUA prestaram ajuda aos sobreviventes e se estes foram detidos, possivelmente como prisioneiros de guerra. O Pentágono, que classificou os alvos dos ataques como narcoterroristas, não se pronunciou até o momento desta publicação.

Antes deste ataque, operações americanas contra embarcações suspeitas de transporte de drogas nas proximidades da costa venezuelana resultaram na morte de pelo menos 27 pessoas. Vídeos oficiais mostraram barcos sendo destruídos completamente, sem relatos de sobreviventes.

Esses eventos causaram preocupação entre juristas e legisladores democratas, que denunciaram possíveis violações do direito internacional. O então presidente Donald Trump defendeu os ataques, alegando que os Estados Unidos já estão em guerra contra grupos narcoterroristas da Venezuela e que as ações são legítimas. Autoridades afirmaram que disparos letais são necessários, pois métodos tradicionais para deter tripulantes e apreender cargas ilícitas não conseguiram frear o fluxo de narcóticos.

Simultaneamente, os EUA intensificaram a presença militar no Caribe, enviando destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados. Trump também autorizou ações secretas da CIA na Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington busca derrubar o governo do líder Nicolás Maduro.

Créditos: Veja