EUA realizam ataques aéreos de grande escala contra Estado Islâmico na Síria
Os Estados Unidos efetuaram ataques aéreos de grande escala contra alvos do Estado Islâmico na Síria nesta sexta-feira (19), conforme informado por autoridades americanas. A ação foi uma retaliação a um ataque anterior contra militares americanos.
A ofensiva aconteceu após um ataque no fim de semana anterior, atribuído a um integrante do Estado Islâmico, que atingiu um comboio com forças dos EUA no território sírio. O presidente Donald Trump havia prometido uma resposta.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou que os bombardeios miraram combatentes do grupo, infraestrutura e depósitos de armas. A operação recebeu o nome de “Hawkeye Strike”.
O presidente Donald Trump afirmou que a operação conta com o apoio do governo sírio. Ele disse numa rede social que estão atacando fortemente os redutos do Estado Islâmico na Síria, um local marcado por violência e problemas, mas que tem um futuro promissor caso o grupo seja erradicado.
Autoridades americanas relataram, sob anonimato, que dezenas de alvos do Estado Islâmico foram atingidos em diversas áreas do centro da Síria.
Em 13 de dezembro, dois soldados do Exército dos EUA e um intérprete civil morreram na cidade de Palmira, também no centro sírio. O ataque foi contra um comboio formado por tropas americanas e sírias. Três militares americanos ficaram feridos.
De acordo com o Exército dos EUA, o autor do ataque foi morto no local. Já o Ministério do Interior da Síria afirmou que o responsável era integrante das forças de segurança sírias e suspeito de ter simpatias pelo Estado Islâmico.
Nos últimos meses, uma coalizão liderada pelos EUA tem realizado ataques aéreos e operações terrestres na Síria contra suspeitos ligados ao grupo extremista, frequentemente com apoio das forças de segurança sírias.
Cerca de 1.000 militares americanos permanecem no país.
O atual governo sírio é liderado por ex-rebeldes que derrubaram Bashar al-Assad no ano anterior, depois de 13 anos de guerra civil. Essa coalizão governante inclui ex-membros do braço sírio da Al Qaeda, que romperam com o grupo e entraram em conflito com o Estado Islâmico.
A Síria tem colaborado com a coalizão liderada pelos EUA no combate ao Estado Islâmico. No mês passado, foi firmado um acordo entre os lados após visita do presidente sírio Ahmed al-Sharaa à Casa Branca.
Créditos: g1