EUA suspendem pedidos de imigração do Afeganistão após ataque perto da Casa Branca

O Departamento de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos anunciou a suspensão por tempo indeterminado de todas as solicitações de imigração de residentes afegãos. A medida foi tomada após um ataque que feriu dois militares nos arredores da Casa Branca, ocorrido na quarta-feira (26).

De acordo com o presidente Donald Trump, o autor do ataque é um imigrante do Afeganistão que entrou nos EUA em 2021 e que encontra-se preso. O suspeito, Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, foi detido após o incidente. Embora tenha chegado com um visto especial destinado a afegãos que auxiliaram o governo americano durante a guerra, as autoridades informaram que houve uma troca de tiros antes da prisão, e ele ficou ferido. O estado de saúde dele não foi divulgado.

Os dois soldados atingidos estão em estado grave. Eles fazem parte das tropas mobilizadas pelo presidente Trump em agosto para patrulhar Washington, reforçando a segurança da capital.

A prefeita de Washington, D.C., Muriel Bowser, afirmou que o ataque foi direcionado contra os militares. A investigação atual acredita que o agressor tenha agido sozinho, e as causas do ataque permanecem em apuração, com o governo americano investigando a possibilidade de terrorismo.

O tiroteio ocorreu por volta das 14h30 (horário local), próximo a um parque movimentado perto da Casa Branca, local cercado por restaurantes e cafeterias.

No momento do ataque, o presidente Trump e o vice-presidente J.D. Vance não estavam na Casa Branca, pois viajaram para a Flórida devido ao feriado de Ação de Graças.

Segundo o jornal The New York Times, a Casa Branca chegou a emitir um alerta vermelho indicando risco potencial de vida dentro do complexo presidencial, mas posteriormente reduziu o nível para laranja, que indica alto risco sem ameaça imediata à vida.

Em resposta ao evento, a Agência de Aviação Civil dos EUA suspendeu temporariamente todas as decolagens no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, que serve Washington, restabelecendo os voos menos de uma hora depois.

Desde agosto, mais de 2 mil soldados da Guarda Nacional estão em Washington após o presidente Trump assumir o controle federal da polícia da capital, mobilizando tropas para uma ofensiva contra o crime. Essa ação enfrentou resistência da prefeita Bowser, que a qualificou como “alarmante e sem precedentes”.

As tropas patrulham bairros, estações de trem e pontos variados da cidade, além de atuar em barreiras, recolher lixo e garantir a segurança em eventos esportivos. Recentemente, uma juíza federal ordenou o fim da operação, mas suspendeu a determinação por 21 dias para permitir que o governo retire as tropas ou apresente recurso.

Créditos: g1