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15:08

Ex-congressista George Santos é libertado após comutação de pena por Trump

George Santos, ex-congressista republicano condenado por fraude eletrônica e roubo de identidade, foi liberado na sexta-feira (17) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comutar sua sentença, conforme confirmado por seu advogado à AFP.

Nascido em Nova York e filho de brasileiros, Santos, de 37 anos, foi sentenciado em abril a 7 anos e 3 meses de prisão e precisa restituir quase 378 mil dólares (R$ 2 milhões). A Promotoria apontou que ele usou cartões de crédito de doadores sem autorização para comprar roupas de luxo, pagar entrada de veículo e sacar dinheiro em caixas eletrônicos.

O advogado Joseph Murray afirmou à AFP que Santos saiu de uma prisão federal em Nova Jersey e estava a caminho de casa. Em declaração na rede X do ex-deputado, Murray agradeceu: “Deus abençoe o presidente Donald J. Trump, o melhor presidente da história dos Estados Unidos!”

Trump justificou sua decisão em uma publicação na rede Truth Social, alegando que Santos sofreu maus-tratos e passou longos períodos em isolamento. A comutação presidencial reduz ou elimina a pena, mas mantém a condenação criminal.

Investigações do comitê de ética do Congresso revelaram que Santos desviou recursos para tratamentos de Botox, financiamento ao site OnlyFans, compras de artigos de luxo italianos e despesas com férias. Ele também recebeu indevidamente auxílios da pandemia e seguro-desemprego.

Santos tinha um histórico de falsificações em seu currículo, incluindo declarações falsas sobre sua formação acadêmica, religião e carreira profissional. Sua biografia inventava que trabalhou no banco Goldman Sachs, que era judeu e que tinha sido astro do vôlei universitário.

Apesar da pressão, recusou renunciar e foi expulso pela Câmara dos Representantes em dezembro de 2023, tornando-se o sexto congressista na história dos EUA a ser removido compulsoriamente do cargo. Ele havia disputado as eleições legislativas de 2022 como “a nova face do Partido Republicano”.

Créditos: Correio do Povo

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