Exército dos EUA ataca barco no Pacífico e mata duas pessoas na costa sul-americana
O exército dos Estados Unidos realizou um ataque sem precedentes contra uma embarcação no Oceano Pacífico na noite de terça-feira, resultando na morte das duas pessoas que estavam a bordo, conforme informou o Secretário de Guerra americano, Pete Hegseth.
Segundo jornais dos EUA, o barco estava próximo à costa da América do Sul, embora o local exato do ataque não tenha sido divulgado. O governo dos Estados Unidos reiterou a acusação de que a embarcação estava envolvida no tráfico internacional de drogas e tinha como destino os Estados Unidos.
Este é o oitavo ataque do exército norte-americano contra supostos navios de tráfico de drogas desde setembro, quando o presidente Donald Trump começou uma ofensiva renovada contra o narcotráfico na região. Contudo, por ser o primeiro registrado no Pacífico, este ataque pode indicar uma expansão da campanha militar dos EUA contra o tráfico de drogas.
Antes deste episódio, os bombardeios haviam ocorrido apenas na região do Caribe. De acordo com a CNN americana, pelo menos 34 pessoas morreram nas ações contra embarcações suspeitas, embora o governo Trump não tenha divulgado provas detalhadas do envolvimento dessas embarcações com o tráfico.
As operações próximas ao Mar do Caribe têm afetado negativamente as relações entre os Estados Unidos e países como Colômbia e Venezuela.
Recentemente, três bombardeiros B-52 da Força Aérea dos EUA sobrevoaram uma área muito próxima da Venezuela. O B-52 é considerado um pilar da força estratégica aérea dos EUA, com capacidade para ataques nucleares, carga de armas de alta precisão e alcance superior a 14 mil quilômetros sem reabastecimento.
Após essa operação, o comandante militar responsável pelas operações dos EUA na América Latina anunciou que irá deixar seu cargo e se aposentar até o fim do ano, antecipando em dois anos sua saída.
Além disso, uma reportagem do The Washington Post divulgada hoje menciona planos militares dos EUA na costa venezuelana que podem contribuir para a queda do regime de Nicolás Maduro.
Com base em fontes do governo americano, operações secretas autorizadas pela CIA na semana passada, sob ordens do presidente Trump, podem desestabilizar o governo venezuelano.
Fontes com acesso ao documento confidencial indicam que Trump solicitou medidas agressivas contra o governo da Venezuela. Embora o documento não ordene explicitamente a derrubada de Maduro, ele permite ações que podem levar a esse desfecho.
Créditos: CBN Globo