Flávio Bolsonaro defende correção em PL da dosimetria para não beneficiar marginais
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu nesta terça-feira, 16, ajustes no projeto de lei da dosimetria para que a redução de penas não alcance condenações sem ligação com os eventos de 8 de Janeiro. Ele acredita que o texto será aprovado pelo Congresso ainda em 2025 e reafirmou que a proposta conta com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode ser beneficiado.
O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado, onde a votação pode ocorrer esta semana. Flávio afirmou: “Tem esse problema que precisa ser corrigido. Estamos tentando alterar para evitar que esse benefício alcance marginalidade verdadeira, perigosos de verdade, aproveitando a aprovação do projeto. É necessário aprimorar o texto”.
Após visitar o pai na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, Flávio falou também sobre a resistência que enfrenta em partidos de centro, dizendo buscar apoio mesmo que em um segundo momento.
Ele criticou o fato do texto ter sido divulgado apenas no momento da votação na Câmara, o que teria causado a aprovação por deputados sem conhecimento aprofundado do conteúdo. O senador espera que a aprovação ocorra nesta semana, podendo haver nova análise pela Câmara. Flávio também mencionou que conversará com o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), que conduz as articulações.
Disse ainda que não sabe como foi o diálogo de Marinho, mas espera que o processo seja concluído antes do recesso parlamentar.
Sobre a saúde de Jair Bolsonaro, Flávio apontou críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que teria impedido a realização de uma cirurgia no ex-presidente. Segundo o senador, Bolsonaro identificou hérnias em ambas as pernas. Ele explicou que a hérnia consiste em um espaço entre os músculos, onde, caso o intestino pressione a parede muscular, poderia haver estrangulamento, demandando uma cirurgia mais agressiva.
Por fim, Flávio comentou que durante a visita desta terça Bolsonaro demonstrava melhor estado, sem o sintoma de soluço. O senador afirmou também que não sentiu impacto ao saber que Moraes foi retirado da lista de sanções da Lei Magnitsky.
Créditos: InfoMoney