Foguete que será lançado do RN levará cartas de estudantes ao espaço
O foguete que será lançado na próxima sexta-feira (29) de Parnamirim, na Grande Natal, vai levar ao espaço cerca de mil cartas escritas por alunos de quatro cidades próximas do Centro de Lançamento Barreira do Inferno, da Força Aérea Brasileira (FAB).
As mensagens, que têm como tema central o futuro, voltarão à Terra depois de cruzar a atmosfera e ficarão depositadas no Oceano Atlântico, registrando os sonhos, os ideais e as aspirações dos jovens.
A ação que foi idealizada pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da FAB, e coordenada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), tem como ponto de partida o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O documento sinaliza a importância de despertar o fascínio pelo espaço em crianças e adolescentes.
A iniciativa deu oportunidade aos alunos da rede pública de ensino de Natal, Parnamirim, São José de Mipibu e João Câmara de refletir sobre o que desejam para as próximas gerações.
As cartas foram inseridas no foguete durante uma cerimônia realizada no Centro Vocacional Tecnológico Espacial Augusto Severo, na última quinta-feira (21).
“É interessante pensar que vou participar do lançamento de um foguete com algo que escrevi”, comentou a estudante Rebeca Barbalho de Oliveira, 17 anos.
Já o jovem Lucas Felipe Cícero, 17 anos, destacou que a experiência será marcante. “Estamos levando as nossas palavras ao espaço para que voltem a uma nova geração. Espero que, no futuro, o ser humano consiga encontrar paz. Acredito que, em 50 anos, vamos conseguir achar um meio de sobreviver e nos renovar”, complementa.
A estudante Yasmin Felix Teixeira da Silva, 16 anos, aproveitou a iniciativa para aguçar o interesse acerca do espaço. “Não pensava muito sobre espaço, ciência e tecnologia, por exemplo. A vinda para cá abriu a minha mente”, diz.
Ela explica que, participando da ação, descobriu uma vontade de se tornar profissional da área aeroespacial.
O monitor do Centro Vocacional Danilo Lima, de 18 anos, percebeu essa inclinação há alguns meses e, hoje, sente orgulho por ajudar os professores a sensibilizar outros jovens. “Antes, era apenas entretenimento. A partir do ingresso no CVT, passei a ensinar as crianças da rede pública sobre o setor espacial”, complementa.
G1RN