Furacão Melissa avança no Caribe e deixa ao menos 7 mortos
Autoridades jamaicanas recomendaram que a população procure abrigo diante da aproximação do furacão Melissa, que pode atingir cerca de 1,5 milhão de pessoas na ilha, conforme avaliações da Cruz Vermelha em 28 de junho.
Esta tempestade de categoria 5, o nível máximo na escala Saffir-Simpson, segue avançando lentamente pelo Caribe, já causando sete fatalidades: três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana.
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, Melissa estava a cerca de 185 quilômetros de Kingston, com ventos que alcançavam 280 km/h na manhã da terça-feira.
A combinação de ventos intensos e chuvas fortes pode provocar danos comparáveis aos causados por furacões históricos como Maria, em 2017, ou Katrina, em 2005.
A Cruz Vermelha jamaicana iniciou a distribuição de água potável e kits de higiene. Deslizamentos de terra foram registrados em algumas áreas, conforme afirmou Esther Pinnock, porta-voz da organização.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho estima que quase metade da população jamaicana poderá ser impactada pela tempestade, em uma nação de aproximadamente 2,8 milhões de habitantes.
Necephor Mghendi, chefe da delegação regional da FICV, destacou a gravidade e a urgência da ameaça humanitária.
O primeiro-ministro Andrew Holness indicou que o extremo oeste da ilha é a região com maior risco de destruição e solicitou evacuações.
Ele alertou que nenhuma infraestrutura naquela área está preparada para suportar uma tempestade deste porte, o que pode resultar em danos significativos.
Contudo, alguns moradores relutam em deixar suas residências, citando más experiências anteriores com abrigos de emergência.
Holness reforçou que as evacuações visam salvar vidas e apelou para que a população atenda às recomendações.
Caso mantenha sua intensidade, Melissa será o furacão mais forte a atingir a Jamaica desde o início dos registros meteorológicos, em parte devido ao seu deslocamento lento, que prolonga o impacto nas áreas afetadas.
Em Cuba, as autoridades implementaram a “fase de alerta” em seis províncias do leste e iniciaram a retirada de cerca de 650 mil pessoas. Suprimentos estão sendo estocados e esforços para proteger residências foram intensificados, com suspensão de aulas e atividades não essenciais.
Moradores da região expressaram receio diante da potência do furacão e dos possíveis danos, especialmente pela vulnerabilidade das construções locais.
Organizações humanitárias nos Estados Unidos também se mobilizam para enviar assistência à Jamaica, com destaque para uma ONG sediada na Flórida que prepara o envio de alimentos, água e suprimentos essenciais.
Melissa é a décima terceira tempestade monitorada na temporada de furacões no Atlântico nesta época do ano, que vai de junho a novembro.
Créditos: Correio do Povo