Governador do RJ afirma que operação foi sucesso, vítimas foram policiais

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, afirmou que a operação nos complexos do Alemão e da Penha “foi um sucesso” e que as únicas vítimas fatais foram os quatro policiais que morreram.

Castro garantiu que as famílias dos policiais receberão amparo e proteção do estado. “Para que possamos valorizar a nobre ação” dos agentes, disse ele em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, um dia após o início da Operação Contenção.

“Temos muita tranquilidade para defender tudo o que foi feito ontem. Quero expressar minha solidariedade à família dos quatro guerreiros que deram suas vidas para salvar a população. De vítimas ontem, só tivemos esses policiais”, declarou o governador.

Ele contestou a contagem extraoficial de mais de 120 mortos. Questionado sobre números oficiais, disse que as mortes não passam de 60, incluindo os quatro policiais. Na véspera, o governo estadual havia confirmado 64 óbitos e hoje o governador citou 58 mortes.

Castro falou após reunião com governadores de outros estados. Segundo ele, líderes como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Jorginho Mello (Santa Catarina), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ronaldo Caiado (Goiás) o parabenizaram pela operação.

“Sozinhos não temos condições de vencer esta guerra contra o estado paralelo, que tem se mostrado com mais poder bélico e financeiro. Os governadores reconhecem que boas parte das lideranças criminosas de seus estados atua aqui. Toda ajuda será bem-vinda, mas precisa ser técnica e ordeira, sem politicagem”, ressaltou.

Ele reforçou que não fará politicagem em relação à operação. Isso ocorre após sua declaração de que o governo federal deixou o Rio “sozinho” no combate ao crime, e após ser rebatido pela gestão Lula.

“Não vamos bater boca com ninguém. Este é um momento de união. Esperamos que essa oportunidade não vire campo de batalha ou politicagem”, afirmou o governador, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Ou soma ou suma”, completou, sem mencionar diretamente o governo federal. “Quem quiser somar com o RJ no combate à criminalidade é bem-vindo. Quem quiser fazer politicagem, nosso recado é que suma”, ressaltou, adotando um tom diferente do discurso de ontem, que o governo federal classificou como “irresponsável e político”.

Créditos: UOL