Governo Lula é derrotado na urgência da anistia, mas oposição tem vitória parcial
O governo Lula tentou garantir a aprovação da urgência do projeto da anistia ao liberar emendas parlamentares, reunir ministros da ‘Frente Ampla’ e do Centrão, e solicitar que deputados governistas se ausentassem da votação na Câmara, mas foi derrotado.
Embora a oposição tenha vencido na votação, trata-se de uma vitória parcial, uma vez que provavelmente não conseguirá aprovar uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Um líder governista avaliou que quem realmente saiu fortalecido foi o Centrão.
A derrota do governo se consolidou após o presidente Lula recusar o apoio oficial do PT à aprovação da PEC da Blindagem. Essa condição era exigida pelo Centrão para impedir a urgência da anistia, o que significaria o fim oficial da medida.
Como o PT votou contra a urgência, apesar da existência de doze dissidentes, o Centrão decidiu aprová-la.
Em acordo com Hugo Motta, presidente da Câmara, foi escolhido o deputado Paulinho da Força como relator do projeto. Ele deve elaborar um texto que não prevê a anistia, mas sim a redução de penas.
Até o momento, o projeto de lei ainda não oficializou essa mudança de estratégia e continua defendendo a anistia, buscando garantir os maiores benefícios possíveis para Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo núcleo central da trama golpista.
A votação reforça a complexidade do cenário político atual, em que acordos e entendimentos entre partidos são decisivos para a aprovação ou rejeição de propostas no Congresso.
Créditos: g1 globo