Haddad pressiona Congresso para aprovar MP alternativa ao IOF após pressão do Centrão
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem cobrado que o Congresso cumpra o acordo e aprove a Medida Provisória (MP) alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O governo enfrenta resistência política e risco de derrota, mesmo após concessões, como manter a isenção sobre Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA).
A MP, que busca tributar os super-ricos para financiar programas sociais, foi aprovada por uma margem estreita na comissão especial, com 13 votos a 12, mas ainda enfrenta dificuldades no plenário. Negociações de última hora estão em curso para garantir a aprovação.
Entre as concessões feitas pelo Executivo para facilitar a tramitação, está a manutenção da isenção de LCI e LCA, além da desistência do aumento do imposto sobre casas de apostas eletrônicas. Em compensação, empresas que operavam antes da regulamentação deverão pagar 30% da receita obtida no período.
O Palácio do Planalto reconhece o cenário difícil no Congresso. O presidente Lula reuniu-se de emergência com os ministros Fernando Haddad, Rui Costa, Gleisi Hoffmann e líderes políticos para traçar estratégia.
Aliados do governo acusam interferência eleitoral na votação, atribuindo ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tentativas de barrar a medida, o que ele nega.
A ministra Gleisi Hoffmann destacou que a MP “cobra imposto dos super-ricos e garante recursos para programas sociais” e classificou como interesse eleitoral a resistência ao texto.
O governo tenta superar as resistências de partidos do centro e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que, apesar de terem pleitos atendidos, ainda resistem a apoiar a MP. Gleisi Hoffmann buscou apoio junto ao presidente do Republicanos, Marcos Pereira, mas o partido ainda não definiu sua posição.
A equipe econômica considera essencial a aprovação da medida para o equilíbrio das contas públicas em 2026.
Créditos: O Globo