Política
21:07

Hugo Motta afirma que STF cumpre seu papel em investigação de deputados do PL

Nesta sexta-feira, 19, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que o Supremo Tribunal Federal está cumprindo seu papel ao analisar e aprofundar investigações sobre suspeitas de conduta inadequada de parlamentares.

Em um café da manhã com jornalistas, Motta comentou sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal, autorizada pelo STF, contra os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro. A ação mira um suposto esquema de desvio de recursos das cotas parlamentares.

Motta informou que foi comunicado da operação pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e ressaltou que, embora ninguém comemore ações judiciais contra colegas, é imprescindível que o Poder Judiciário exerça suas funções.

Ele evitou fazer pré-julgamentos e afirmou que a Câmara não protegerá deputados com condutas irregulares, garantindo que os órgãos que auxiliam o Supremo acompanham todas as investigações.

Durante o encontro, destacou o respeito da Câmara pelo STF, mas frisou também o monitoramento de eventuais excessos nas ações do tribunal pela presidência da Casa.

Na decisão que autorizou a operação, o ministro Flávio Dino apontou evidências encontradas pela PF de que uma empresa de locação de carros, contratada pelos deputados do PL e paga por meio da cota parlamentar, continuou recebendo dinheiro mesmo após ser dissolvida de forma irregular.

A cota parlamentar consiste em um valor mensal destinado a cobrir despesas do mandato, como aluguel de escritório, passagens aéreas e aluguel de veículos. Na operação, foram encontrados 400 mil reais em dinheiro vivo em um endereço de Sóstenes em Brasília.

Em coletiva após a ação, o líder da bancada do PL na Câmara afirmou que o dinheiro recolhido resulta da venda legal de um imóvel. Também criticou o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmando ser alvo de perseguição por sua ligação ao bolsonarismo.

Assessores de Sóstenes e Jordy também foram alvos da operação policial.

Esta ação é um desdobramento de outra operação realizada há um ano, em 19 de dezembro de 2024, que tinha como alvo funcionários dos gabinetes de Sóstenes e Jordy.

Créditos: CartaCapital

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