IBGE lança nova edição de Nomes no Brasil com dados do Censo 2022
O IBGE publicou em 4 de novembro a segunda edição do levantamento dos nomes mais frequentes no Brasil, atualizada com os dados do Censo Demográfico 2022. A principal novidade desta edição do Nomes no Brasil é a inclusão dos sobrenomes.
Entre mais de 140 mil nomes próprios registrados, Maria e José continuam no topo do ranking, conforme indicado na edição anterior de 2010. Já entre os mais de 200 mil sobrenomes registrados, Silva lidera com presença em 16,76% da população.
O site do projeto organiza nomes e sobrenomes por gênero, década de nascimento e letra inicial, além de oferecer rankings por Brasil, estados ou municípios. Rodrigo Almeida Rego, gerente de Inovação e Desenvolvimento no IBGE, destaca que o grande interesse do público por esse tipo de dado motivou não só a atualização como também a ampliação dos recursos de exploração do site.
Ao selecionar um nome, é possível conhecer a quantidade total de registros e sua concentração por localidade, bem como a frequência por década. O site também calcula a idade mediana dos portadores do nome, que divide o grupo entre os 50% mais jovens e os 50% mais velhos.
Algumas curiosidades podem ser observadas no ranking por município, como o fato de que em Morrinhos (CE) e Bela Cruz (CE) cerca de 22% da população se chama Maria. Em Santana do Acaraú (CE), 10,41% das pessoas usam o nome Ana, enquanto em Buriti dos Montes (PI), 10,06% se chamam Antonio. No caso dos sobrenomes, 43,38% da população de Sergipe tem Santos, e o sobrenome Silva está presente em mais de um terço dos registros em Alagoas e Pernambuco.
O levantamento por década mostra tendências de nomes: alguns como Osvaldo e Terezinha apresentam declínio e idade mediana alta (62 e 66 anos), enquanto Gael e Helena, nomes mais recentes, têm idades medianas baixas (1 e 8 anos).
O site inclui uma aba sobre Onomástica, permitindo aos usuários explorar os aspectos culturais e sociais relacionados aos nomes ao longo do tempo e territórios.
Outra novidade é o mapa-múndi “Nomes no Mundo”, que permite descobrir os nomes e sobrenomes mais comuns em diferentes países e comparar com a quantidade de registros dos mesmos nomes no Brasil. Por exemplo, Wang é o sobrenome mais comum na China e tem 1.513 registros no Brasil, enquanto Juan e Juana são os nomes mais comuns na Bolívia, registrados no país com 67.908 e 3.113 ocorrências respectivamente.
O IBGE ressalta que para garantir o sigilo estatístico, dados de nomes ou sobrenomes com menos de 20 ocorrências são ocultados. Além disso, na distribuição geográfica, informações são divulgadas apenas quando as incidências superam 15 por unidade federativa e 10 por município. Esses cuidados também valem para dados filtrados por década.
O projeto Nomes no Brasil se baseia nas listas de moradores dos domicílios referentes a 1º de agosto de 2022. Foram registrados de forma separada o primeiro nome informado e os sobrenomes completos, considerando somente o primeiro nome para divulgação e contabilizando a frequência dos sobrenomes independentemente da ordem.
As diferentes grafias dos nomes foram mantidas conforme o registro original, sem distinção de sinais diacríticos. O sexo considerado é o declarado no momento da coleta.
Dessa maneira, podem existir diferenças entre os dados de 2010 e os de 2022, em razão das variações de grafia e autodeclaração.
A primeira edição do Nomes no Brasil foi divulgada com base no Censo 2010.
Créditos: Agencia de Noticias Ibge