Incêndio em condomínio de Hong Kong mata 128 e deixa 300 desaparecidos

Imagens veiculadas nas redes sociais revelam a rápida propagação de um incêndio que destruiu um complexo residencial em Hong Kong na quarta-feira (26). O desastre resultou na morte de ao menos 128 pessoas e quase 300 estão desaparecidas.

Este episódio é possivelmente o incêndio mais mortal registrado em Hong Kong desde a Segunda Guerra Mundial. Anteriormente, o incêndio do edifício Garley, ocorrido em 1996 e que causou 41 mortes, era considerado o pior em tempos de paz na região.

Um vídeo mostra andaimes sendo lançados dos prédios, envolvidos em redes verdes que foram usadas como proteção durante a reforma do edifício, enquanto as chamas se espalham rapidamente e a fumaça cobre vários prédios no Wang Fuk Court.

O conjunto é composto por oito blocos que abrigam cerca de 2 mil apartamentos, com uma população total superior a 4.600 moradores. Essa área central de Hong Kong enfrenta um desafio crônico de falta de moradias acessíveis.

A polícia apontou que a provável causa do incêndio foi a utilização de materiais inseguros por uma construtora durante uma reforma no local. As autoridades qualificaram o procedimento adotado pela empresa como “extremamente negligente”.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Hong Kong, o primeiro chamado para combate ao fogo foi recebido pouco antes das 15h no horário local (4h da manhã em Brasília) na quarta-feira (28).

O incêndio teve início no Wang Cheong House, um edifício residencial de 32 andares que integra o complexo Wang Fuk Court e que estava em reforma, conforme informou Derek Armstrong Chan, vice-diretor de operações do Corpo de Bombeiros.

Ao chegar no local, os bombeiros encontraram os andaimes e redes de proteção já em chamas. O fogo se propagou intensamente entre os prédios, evoluindo de um único bloco em chamas para múltiplos focos em vários andares.

Pelo menos sete dos oito blocos foram atingidos, e as pessoas que conseguiram fugir das chamas tiveram que se acomodar temporariamente em abrigos.

Contudo, muitos moradores ficaram presos dentro dos apartamentos, e o acesso dos bombeiros a essas áreas foi impedido pelas altas temperaturas e pela queda de destroços nos edifícios.

Créditos: CNN Brasil