Incêndio em Hong Kong deixa 128 mortos e busca prossegue
O incêndio no complexo residencial Wang Fuk Court, em Hong Kong, foi totalmente controlado após 42 horas de combate, porém as operações de resgate e buscas ainda continuam nos prédios atingidos, conforme informou o Departamento de Bombeiros na manhã desta sexta-feira (28).
As chamas se espalharam rapidamente por várias torres de um conjunto habitacional público no bairro de Tai Po, deixando um saldo de 128 mortos e pelo menos 79 feridos, segundo o secretário de Segurança de Hong Kong, Chris Tang, em coletiva realizada nesta sexta.
Tang destacou que o número de vítimas pode aumentar, pois cerca de 200 pessoas estão desaparecidas ou com situação desconhecida, incluindo corpos ainda não identificados.
A origem do incêndio ainda não foi definida, e as autoridades estimam que a investigação sobre as causas e a rápida propagação do fogo, que atingiu múltiplos andares simultaneamente em diferentes focos, levará de três a quatro semanas.
A suspeita é que o fogo tenha começado nos andares inferiores do edifício Wang Cheong, Bloco 6, parte do Wang Fuk Court, um conjunto de oito torres habitadas por mais de quatro mil moradores, muitos idosos.
No momento do incidente, o Wang Fuk Court passava por reformas, e todas as torres estavam cobertas por andaimes de bambu e telas verdes de proteção.
Além das investigações sobre o incêndio, as autoridades de Hong Kong abriram uma apuração sobre possíveis casos de corrupção vinculados às reformas do complexo residencial.
A Comissão Independente Contra a Corrupção (ICAC) criou uma força-tarefa dedicada ao caso, considerando o alto interesse público, e afirmou que realizará uma apuração rigorosa sobre eventuais irregularidades relacionadas ao projeto de reforma.
A Polícia de Hong Kong deteve três homens — dois diretores e um consultor de uma construtora — sob suspeita de homicídio culposo, imputando a eles culpa por negligência grave.
Também será verificada a conformidade dos materiais de construção utilizados com as normas de segurança contra incêndios.
Créditos: CNN Brasil