Internacional
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Irmãos gêmeos teuto-israelenses são libertados após 2 anos em cativeiro do Hamas

Os irmãos gêmeos teuto-israelenses Gali e Ziv Berman se reuniram na segunda-feira (13) depois de terem sido mantidos como reféns por mais de dois anos na Faixa de Gaza, sob controle do grupo Hamas.

Eles foram libertados conforme os termos de um acordo de paz para o conflito em Gaza, assinado com Israel na semana anterior e ratificado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e outros líderes globais na segunda-feira. Gali e Ziv fazem parte dos últimos 20 reféns israelenses ainda vivos em poder do Hamas e foram soltos após mais de 700 dias em cativeiro.

Os jovens, de 28 anos, foram sequestrados numa cidade fronteiriça de Israel durante o ataque de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, matou mais de 1.200 pessoas e fez 251 reféns, sendo mantidos em locais separados.

O Exército israelense divulgou imagens que registram o reencontro dos irmãos após a libertação. Outros dois reféns libertados na segunda-feira também possuem dupla nacionalidade teuto-israelense.

Além dos vivos, 28 corpos de reféns mortos também devem ser entregues a Israel conforme o acordo, embora até a tarde de segunda não houvesse previsão para isso.

O chanceler federal alemão, Friedrich Merz, comemorou a libertação dos reféns vivos como “o início da cura e um passo rumo à paz no Oriente Médio”. Em mensagem no X, Merz destacou que “dois anos de medo, dor e esperança ficaram para trás” e que as famílias finalmente puderam abraçar seus entes queridos.

Merz ressaltou ainda a necessidade de que os corpos dos reféns assassinados sejam devolvidos para que as famílias possam se despedir dignamente.

O chanceler é um dos líderes mundiais presentes em Sharm el-Sheikh, Egito, para a cerimônia de assinatura do acordo de paz, ocorrida três dias após o início do cessar-fogo.

Berlim comprometeu-se a apoiar o plano de paz liderado pelos EUA e deseja colaborar na reconstrução da Faixa de Gaza.

Mais de uma dúzia de chefes de Estado e governo participaram da cerimônia, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.

Também estavam presentes o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.

A agenda previa a assinatura da declaração do plano de paz dos EUA por Trump, o presidente egípcio Abdel-Fattah al-Sisi, o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan e o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani.

Durante o evento, Al Sisi fez um breve discurso de boas-vindas e Trump uma fala mais longa. Merz retornaria a Berlim no mesmo dia à noite.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o ministro do Exterior, Johann Wadephul, também saudaram a libertação. Steinmeier destacou que, após mais de dois anos de cativeiro brutal, mais reféns do Hamas estão finalmente voltando a Israel.

O gabinete do presidente informou que ele escreveu aos reféns alemães libertados, manifestando esperança de que consigam superar as sequelas da violência sofrida.

Wadephul comentou que a libertação foi um momento de alegria, mas também de apreensão, pois alguns retornam apenas como corpos.

Créditos: g1

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