Internacional
17:08

Israel mata chefe militar do Hezbollah em ataque a Beirute

O chefe de operações militares do Hezbollah, Haytham Ali Tabatabai, foi morto em um bombardeio no subúrbio de Beirute, Líbano, informou o Exército de Israel.

Cinco pessoas morreram no ataque, que destruiu dois andares em um prédio no bairro Dahiyeh, ao sul da cidade. Várias outras ficaram feridas e foram levadas a hospitais próximos, segundo fontes médicas.

Esta foi a terceira tentativa desde 2024 de eliminar Tabatabai, segundo imprensa israelense. O Exército de Israel declarou que ele atuava desde 1980 e teve papel essencial no fortalecimento das capacidades militares do Hezbollah.

Em comunicado, o Hezbollah afirmou que todos os ataques no país violam a soberania do Líbano e colocam a segurança dos cidadãos em risco.

O presidente do Líbano, Joseph Aoun, pediu à comunidade internacional que barre novos ataques na região, destacando a necessidade de uma intervenção “firme e séria”.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou Tabatabai como “assassino em massa”, dizendo que ele tem as mãos manchadas com sangue israelense e americano e que os EUA ofereceram 5 milhões de dólares por sua captura.

No início da semana, um ataque israelense em um campo de refugiados palestinos de Ain al-Héloué, no sul do Líbano, causou mortes. Israel afirmou ter atacado um campo de treinamento do Hamas com drones, num dos ataques mais letais no último ano.

O bombardeio atingiu uma mesquita e um centro esportivo, tendo como maioria das vítimas jovens jogadores de futebol. Moradores lamentaram as perdas e verificaram os danos na manhã seguinte. Escolas e comércios ligados ao campo estavam fechados em sinal de luto.

O Exército de Israel informou que dois membros do Hezbollah foram mortos nos ataques recentes, um em Bint Jbeil e outro em Blida. Também foi confirmada a morte de um membro do grupo em al-Mansouri, na segunda-feira.

Israel segue sua ofensiva no sul do Líbano, apesar do cessar-fogo firmado em novembro de 2024 para encerrar mais de um ano de conflito com o Hezbollah.

Dados da ONU indicam que o Líbano abriga cerca de 222 mil refugiados palestinos, a maioria vivendo em condições precárias em campos, sendo descendentes de palestinos que fugiram de sua terra natal em 1948, durante a criação do Estado de Israel.

Créditos: UOL Notícias

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