JBS e Embraer acompanham Lula na Malásia com expectativa para reunião com Trump

Em missão na Ásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conta com apoio de empresários como Joesley Batista, da JBS, que espera que seu encontro com o presidente americano Donald Trump possa limpar os canais de comunicação entre Brasil e EUA, sem expectativa de negociações tarifárias diretas.

Joesley afirmou que encontros de presidentes são para alinhar estratégias e facilitar o diálogo entre ministros e equipes, não para tratar detalhes tarifários. Segundo ele, o essencial é estabelecer um bom canal de conversação e fortalecer a parceria bilateral.

O empresário destacou que seu principal objetivo é garantir que os canais de comunicação estejam desobstruídos para que cada país defenda seus interesses da melhor forma possível. Ele ressaltou a importância desse entendimento para o sucesso da missão.

Donos de uma das maiores empresas brasileiras presentes nos EUA, Joesley destacou que a JBS já contribuiu financeiramente para o comitê de posse de Trump e que recentemente teve oportunidade de se reunir com ele na Casa Branca, promovendo uma imagem positiva do Brasil.

Embora inicialmente não planejasse ir até a Malásia por motivos familiares, Joesley mudou de ideia e acompanha Lula na etapa do país asiático. Ainda que tenha buscado informações sobre possíveis reduções tarifárias mencionadas por Trump, ele não possui dados concretos a respeito.

Nos bastidores da ONU em Nova York, Joesley esteve presente na primeira interação entre Lula e Trump e manteve contato com Richard Grenell, enviado especial de Trump, que tem papel fundamental na aproximação entre os dois países e já conversou com ministros e assessores da diplomacia brasileira.

Os empresários que acompanham Lula, incluindo a cúpula da Embraer, optam por não comentar suas convocações ou eventuais oportunidades de encontro com Trump.

A Embraer está realizando um negócio significativo de 50 jatos E195-E2 para a companhia aérea americana Avelo Airlines, totalizando cerca de US$ 4,4 bilhões. Esse contrato envolve componentes fabricados por empresas americanas, gerando interesse comercial dos EUA.

Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, afirmou que já transmitiu todas as informações necessárias para Trump e que espera que a reunião seja produtiva. O encontro entre os presidentes está previsto para o dia 26, na Malásia, e Lula comentou que poderá até dividir o bolo de aniversário com Trump durante o evento.

Créditos: Estadao