Joesley Batista foi à Venezuela pedir que Maduro deixe o governo, diz Bloomberg
O empresário brasileiro Joesley Batista, proprietário da JBS, esteve na Venezuela para solicitar ao presidente Nicolás Maduro (PSUV, esquerda) que deixe o governo. Conforme divulgado pela agência Bloomberg, o encontro entre Batista e Maduro ocorreu em 23 de novembro, um dia após a ligação telefônica do presidente venezuelano com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).
A Bloomberg também informou que funcionários da Casa Branca tinham conhecimento da visita de Batista a Caracas com o objetivo de “reforçar a mensagem do presidente norte-americano”. No entanto, o governo Trump afirmou que a ação do empresário foi uma “iniciativa própria”.
O Poder360 contatou a J&F para solicitar um posicionamento sobre a reportagem da Bloomberg, mas a empresa não confirmou o conteúdo publicado e afirmou que não há manifestação oficial. Caso a empresa envie uma resposta, a matéria será atualizada.
Na conversa por telefone realizada em 22 de novembro, Trump ofereceu a Maduro e seus aliados a possibilidade de deixar a Venezuela sob salvo-conduto, desde que renunciassem. No dia 29 de novembro, o presidente dos EUA determinou o fechamento do espaço aéreo do país, aumentando as expectativas sobre uma possível intervenção militar. Em resposta, Maduro reforçou sua segurança pessoal.
Desde setembro, a Casa Branca tem enviado navios de guerra ao Mar do Caribe e realizado ataques contra embarcações que, segundo Washington, transportavam drogas rumo aos Estados Unidos. Trump acusou Maduro de liderar um “cartel narcoterrorista” e tem pressionado pelo fim do seu governo.
Nos últimos dois meses, navios e aviões dos EUA, incluindo o porta-aviões USS Gerald R. Ford, navios adicionais e um submarino nuclear, além de caças F-35, concentraram-se na região do Caribe. O Pentágono declarou que essas operações têm o objetivo de realizar missões de “interdição ao narcotráfico”.
Créditos: Poder360