Economia
09:08

Licença para poço na bacia Foz do Amazonas deve impulsionar exploração de petróleo

A liberação da licença para a perfuração do primeiro poço em águas profundas na bacia Foz do Amazonas deve acelerar uma corrida das petroleiras em busca de reservas na região. Estima-se que a concessão das próximas licenças seja mais rápida que a da primeira.

Atualmente, 28 concessões exploratórias estão ativas na bacia, considerada pelo setor a principal aposta para renovar as reservas brasileiras após o esgotamento do pré-sal, previsto para o início da próxima década.

Dessas concessões, 19 foram adquiridas em leilão da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) em junho, já com a expectativa da liberação da licença para o bloco 59 este ano.

Investidores acompanham atentamente os passos da Petrobras e os primeiros resultados do poço para definir seus investimentos. Há também solicitações no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para licenciar poços em outras oito concessões na bacia.

O IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), que representa grandes petroleiras operando no Brasil, afirmou que a licença é um passo positivo para confirmar a presença de petróleo e gás natural na região e a viabilidade econômica desses recursos.

Contudo, a autorização para perfuração não garante sucesso. No setor, é comum que a confirmação das reservas só ocorra após a perfuração, mesmo com pesquisas preliminares.

Na bacia de Campos, a primeira grande área produtora do país, a descoberta só aconteceu no nono poço exploratório. Após a descoberta, estudos adicionais são necessários para avaliar a viabilidade econômica das reservas.

A Petrobras informou que a perfuração do poço Morpho, autorizado recentemente, deverá durar cinco meses. Se forem encontrados indícios de petróleo ou gás natural, a empresa deverá comunicar imediatamente a ANP.

Em seguida, a petroleira costuma furar poços de avaliação e, caso confirme a existência comercial dos recursos, declara a comercialidade ao órgão regulador, comprometendo-se a investir na extração.

Para iniciar a produção, é necessário obter uma nova licença ambiental e contratar equipamentos submarinos, plataformas e serviços de apoio. O governo e autoridades locais apostam que esses investimentos gerarão emprego e renda nas regiões petrolíferas.

Telmo Ghiorzi, presidente-executivo da Abespetro, destacou a importância da produção de petróleo e da industrialização para o Brasil manter a criação de empregos qualificados e bem remunerados.

Créditos: Folha de S.Paulo

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