Líderes citam avanços na paz, mas Zelensky alerta para desafio maior na Ucrânia
Os Estados Unidos e líderes europeus que participaram das negociações em Genebra para encerrar a guerra na Ucrânia relataram avanços nas discussões, porém não chegaram a um acordo final.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comemorou que “passos importantes” foram dados em uma cúpula com autoridades dos EUA no fim de semana e destacou que foi possível abordar “pontos extremamente delicados”. No entanto, ele ressaltou que ainda há muito a ser feito para acabar com o conflito.
Em discurso por videoconferência ao parlamento sueco nesta segunda-feira (24), Zelensky qualificou o momento como “crítico” e afirmou que a principal dificuldade atualmente é a questão de ceder territórios. A Rússia exige anexar a região de Donbass, no leste da Ucrânia, que inclui os estados de Donetsk e Luhansk, como condição para encerrar a guerra.
Johann Wadephul, ministro das Relações Exteriores da Alemanha, afirmou que as conversas em Genebra representaram um sucesso decisivo para os europeus. O presidente da Finlândia, Alexander Stubb, considerou que houve algum progresso, mas frisou que “questões importantes” permanecem sem solução.
Maria Stenergard, ministra das Relações Exteriores da Suécia, declarou que as fronteiras não podem ser alteradas pela força e que limitar o Exército ucraniano abriria caminho para novas agressões russas no futuro.
Ruslan Stefanchuk, líder do Parlamento ucraniano, afirmou que as linhas vermelhas nas negociações de paz para a Ucrânia são o reconhecimento formal dos territórios ocupados por tropas russas, a limitação das forças armadas ucranianas e restrições a futuras alianças do país.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia ainda não foi informada sobre os resultados das negociações entre EUA, Ucrânia e europeus.
Créditos: g1