Lula lamenta atentado em Sydney e repudia ataques contra inocentes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou pesar pelo atentado terrorista em Sydney, Austrália, que resultou em ao menos 15 mortos e 42 feridos durante uma celebração judaica neste domingo (14).
Segundo a polícia local, os dois suspeitos são pai e filho, com idades de 50 e 24 anos, respectivamente. O pai foi morto pela polícia e o filho está detido com ferimentos graves, mas estável.
Lula considerou o ataque “inaceitável” e ressaltou seu compromisso com a tolerância e a liberdade religiosa.
“É inaceitável que atos de ódio e extremismo ceifem a vida de pessoas inocentes e atentem contra valores de paz, coexistência pacífica e respeito. Manifesto a mais sincera solidariedade às famílias das vítimas, à comunidade judaica, ao governo e ao povo australiano. O Brasil reitera o seu compromisso inabalável com a defesa da vida, da tolerância e da liberdade religiosa”, declarou.
Alex Ryvchin, co-diretor executivo do Conselho Executivo da Comunidade Judaica Australiana, informou que o tiroteio ocorreu durante a comemoração do festival judaico de Hanukkah, que começou ao pôr do sol.
Reportagens do Sydney Morning Herald relataram múltiplos disparos na popular praia de Bondi, com vítimas entre 10 e 87 anos. A vítima mais jovem, uma menina, faleceu no hospital.
Entre os mortos está o rabino Eli Schlanger, de 41 anos, nascido em Londres, conforme reportaram The Guardian e BBC News. Um israelense também foi vítima fatal.
O Jerusalem Post afirmou que Arsen Ostrovsky, chefe do escritório de Sydney do Australia/Israel & Jewish Affairs Council, ficou ferido no ataque.
O Itamaraty informou que não há notícias de brasileiros feridos até o momento.
O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, disse que o ataque foi planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney no primeiro dia do Hanukkah.
Cenas mostraram um homem desarmando um dos atiradores após o ataque, gesto que o governador Chris Minns chamou de “a cena mais inacreditável que já viu”, destacando a coragem do homem que colocou sua vida em risco para salvar outras.
O homem, de 43 anos e vendedor de frutas, foi ferido por dois tiros, mas passa bem no hospital, segundo familiares e o jornal Guardian.
Minns afirmou: “Ele é um herói genuíno e acredito que muitas vidas foram salvas por sua bravura”.
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), que é judeu, também se manifestou, classificando o ato como cruel, movido por ódio e antissemitismo, que fere valores fundamentais como vida, liberdade religiosa e convivência pacífica.
Alcolumbre expressou solidariedade às famílias das vítimas, feridos e à comunidade judaica da Austrália e do mundo, afirmando sentir a dor ainda mais profundamente na condição de judeu.
Créditos: g1