Internacional
15:05

Lula parabeniza José Antonio Kast pela vitória presidencial no Chile

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou José Antonio Kast pela vitória no segundo turno da eleição presidencial chilena, realizada no domingo (14).

Em postagem nas redes sociais, Lula declarou que o Brasil continuará colaborando com o novo governo do Chile para fortalecer os laços bilaterais, consolidar as relações econômicas e comerciais, além de promover a integração regional, mantendo a América do Sul como uma região pacífica.

José Antonio Kast, advogado e político chileno de 56 anos, lidera o Partido Republicano e é considerado um dos representantes mais conservadores do país. Ele é conhecido por defender valores familiares tradicionais, o liberalismo econômico e uma postura rigorosa em segurança pública.

Kast ganhou destaque como a face polarizadora da direita chilena, tendo como base sua oposição às reformas sociais promovidas pela esquerda, que incluem ampliação de direitos para minorias, mudanças educacionais e maior intervenção estatal em programas sociais.

A eleição de Kast representa o retorno da direita ao poder após o governo do presidente Gabriel Boric, líder da coalizão de esquerda que governou desde 2022.

O presidente eleito planeja reduzir o tamanho do Estado, incentivar investimentos privados e implementar uma política rígida contra protestos sociais, além de restringir o aborto e questionar políticas direcionadas às comunidades indígenas.

Essas iniciativas têm gerado controvérsia interna e atraído atenção internacional devido ao risco de retrocessos em direitos civis e sociais alcançados nos últimos anos.

Kast demonstra uma aproximação ideológica com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Ambos compartilham pautas conservadoras nos costumes, defesa do liberalismo econômico e críticas à esquerda regional.

Durante a campanha, houve troca de declarações públicas de apoio, revelando um alinhamento entre setores da direita chilena e brasileira e sugerindo uma possível maior colaboração política entre os governos da região.

Com a posse marcada para março, o Chile passará a integrar um grupo de países sul-americanos sob governos de direita, como Argentina, Peru, Equador, Bolívia e Paraguai, enquanto Brasil, Colômbia, Venezuela, Uruguai, Guiana e Suriname permanecem sob liderança de esquerda, evidenciando a divisão ideológica no continente.

Créditos: Veja Abril

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