Política
16:05

Lula reúne líderes para definir estratégia e salvar MP que aumenta tributos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou com líderes do governo no Palácio do Planalto na quarta-feira (8). O encontro teve como pauta principal a medida provisória (MP) que eleva tributos e substitui o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Participaram do almoço os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil), além dos senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP) e do deputado José Guimarães (PT-CE). A reunião teve duração aproximada de uma hora.

O governo está preocupado com a possibilidade de a MP perder validade sem ser votada, o que causaria uma perda estimada de ao menos R$ 17 bilhões no orçamento para 2026. Por isso, a medida precisa ser aprovada até as 23h59 desta quarta-feira pela Câmara e pelo Senado.

Na terça-feira, o texto já havia sido aprovado em comissão especial. Após o almoço, a ministra Gleisi Hoffmann publicou em suas redes sociais uma mensagem em defesa da aprovação da MP, ressaltando que a medida visa cobrar imposto dos super-ricos e garantir recursos para programas sociais importantes no orçamento do próximo ano.

A medida foi editada em junho e eleva diversos impostos, sendo parte da estratégia do governo para equilibrar as contas públicas no ano eleitoral de 2026. A equipe econômica considera essencial a aprovação para o fechamento do orçamento do próximo ano.

O governo observa que a MP se tornou um campo de disputa política, com a oposição resistindo à aprovação para impedir abertura de espaço no orçamento eleitoral. Além disso, o Planalto enfrenta complicações políticas com o PP e o União Brasil, que manifestaram intenção de deixar a base governista, apesar de terem ministros indicados.

O União Brasil pressionou o ministro Celso Sabino (Turismo) a deixar o cargo, mas ele enfrenta processo interno no partido. Já o PP afastou o ministro André Fufuca (Esporte) do diretório estadual no Maranhão após ele decidir permanecer no governo.

Esses fatores internos complicam o esforço do governo para garantir a aprovação da medida provisória que é fundamental para as finanças públicas em 2026.

Créditos: g1

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