Maduro declara Jesus Cristo como senhor da Venezuela em evento oficial

O ditador venezuelano Nicolás Maduro declarou Jesus Cristo como “senhor e dono” da Venezuela durante um evento chamado “Encontro de Oração pela Paz” na terça-feira (18), no Palácio de Miraflores, sede do governo em Caracas.

Maduro afirmou: “Como presidente da República Bolivariana da Venezuela, eu, Nicolás Maduro Moros, voluntariamente, do Palácio de Miraflores, hoje, terça-feira, 18 de novembro de 2025, declaro que ratifico nosso senhor Jesus Cristo como senhor e dono da Venezuela e dou toda a honra e glória ao Espírito Santo”.

Ele acrescentou que o único Deus verdadeiro é o Deus Todo-Poderoso, a quem deu toda a glória, afirmando estar “radicalizado” com Cristo.

Durante o evento, Maduro declarou que o palácio presidencial será daqui em diante “um altar para glorificar a Deus, para o povo glorificar a Deus, um grande altar de oração e força”.

A primeira-dama venezuelana, Cilia Flores, também participou e frisou que o que ocorre no país é um “sinal” de que Jesus está à frente da Venezuela.

Enquanto isso, os Estados Unidos rejeitaram uma oferta de renúncia do ditador feita por Maduro, conforme apuração do New York Times.

Fontes do jornal indicaram que o presidente Donald Trump autorizou negociações paralelas com o regime venezuelano, nas quais Maduro teria oferecido renunciar após alguns anos, proposta que foi recusada pela Casa Branca.

Autoridades venezuelanas comunicaram aos americanos a disposição de Maduro em deixar o poder após um período de transição de dois a três anos. No entanto, qualquer prazo para a saída do ditador é inaceitável para os EUA, segundo a reportagem.

A tensão entre os dois países cresce, enquanto os Estados Unidos aumentam a pressão sobre o regime da Venezuela e realizam ataques no Caribe e Pacífico contra embarcações acusadas de transportar drogas.

Nicolás Maduro tem pedido publicamente que evitem uma guerra, buscando diálogo com a Casa Branca.

O New York Times também informou que Trump aprovou planos da CIA para ações secretas dentro da Venezuela. O presidente teria realizado duas reuniões recentes com seus principais assessores para discutir opções sobre a Venezuela.

Porém, ainda não está claro quais seriam essas operações nem quando ocorreriam. O presidente americano não autorizou o envio de tropas ao país sul-americano até o momento.

Em entrevista na segunda-feira (17), Trump afirmou que não descarta o envio de soldados para a Venezuela, mantendo a pressão contra o regime de Maduro.

Créditos: CNN Brasil