Maduro mantém disposição para diálogo direto com Trump em meio a tensão
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira (17) que seu governo permanece disposto a dialogar diretamente com o presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou mais cedo que, em algum momento, conversaria com o líder venezuelano.
Em setembro, Maduro enviou uma carta a Trump propondo preservar a paz por meio do diálogo, enquanto os EUA realizavam um destacamento militar no Caribe. Na ocasião, a proposta foi rejeitada por Washington, que acusa Maduro de liderar redes de narcotráfico.
Durante seu programa semanal de televisão, Maduro afirmou que a Venezuela está em paz e assim continuará, e enfatizou que qualquer pessoa nos Estados Unidos interessada em conversar com a Venezuela poderá fazê-lo “cara a cara” sem problema algum.
Ele repetiu a palavra “diálogo” várias vezes e afirmou: “Sim, paz; guerra, não, nunca guerra”. Além disso, alertou que querem ver Trump cometer um grave erro político envolvendo uma ação militar contra a Venezuela, o que, segundo ele, significaria o fim da liderança do presidente americano.
Nos últimos meses, os Estados Unidos têm realizado bombardeios no Caribe e no Pacífico contra embarcações acusadas de transportar drogas. Trump, ao ser questionado por jornalistas, disse que em algum momento falará com Maduro, acrescentando que o venezuelano “não tem sido bom para os Estados Unidos”.
Quando perguntado se descartava o envio de tropas para a Venezuela, Trump respondeu que não descarta nada.
Desde 2 de setembro, os Estados Unidos realizaram mais de 20 ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico, resultando em pelo menos 83 mortos. A Venezuela denunciou esses ataques como execuções extrajudiciais.
Créditos: Correio do Povo