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09:07

Mais de 500 mil imóveis seguem sem energia na Grande São Paulo após vendaval

Mais de 500 mil imóveis na Grande São Paulo permanecem sem energia elétrica na manhã de hoje, três dias depois do início do apagão causado por um ciclone extratropical que trouxe um vendaval.

Até a última atualização, às 7h04, 504.918 imóveis estão afetados em toda a Grande São Paulo. Na quarta-feira (10), o número era de 2,2 milhões de unidades impactadas.

A concessionária Enel afirmou que a restituição do fornecimento em algumas regiões é “mais complexa”. Em comunicado divulgado ontem, a empresa explicou que certos casos demandam reconstrução da rede, incluindo a troca de postes, transformadores e, em alguns casos, a reinstalação de quilômetros de cabos.

Na capital paulista, 373.297 pontos seguem sem energia, o que representa 6,43% do território. Juquitiba, na região metropolitana, é a localidade com a situação mais crítica, com 5.634 imóveis sem luz, correspondendo a 31,48% dos clientes da região.

A Justiça de São Paulo determinou na noite de ontem que a Enel restabeleça imediatamente a energia em áreas essenciais afetadas pelo apagão. A decisão passa a valer após comunicação oficial à empresa.

Concedida como tutela de urgência, a determinação impõe uma multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento. A ordem foi dada pela juíza Gisele Valle Monteiro da Rocha, da 31ª Vara Cível do Foro Central, e vale para a concessionária responsável pela distribuição em 24 cidades da Grande São Paulo.

Caso o restabelecimento imediato seja inviável por motivos técnicos, a juíza estipulou que a energia seja religada em, no máximo, quatro horas. Essa regra se aplica a hospitais, serviços de saúde, pessoas cadastradas na Enel que dependem da eletricidade para a vida, instituições públicas essenciais como delegacias e presídios, creches, escolas, sistemas de água e saneamento, além de locais com pessoas vulneráveis.

Para os demais imóveis, o Judiciário estabeleceu o prazo de até 12 horas para a retomada do fornecimento. A decisão seguiu uma ação civil pública do Ministério Público de São Paulo e da Defensoria Pública, que apontaram falha na prestação dos serviços após as interrupções massivas iniciadas nos dias 9 e 10 de dezembro.

Entre hoje e terça-feira (16), uma frente fria deve provocar chuva forte, tempestades, ventos fortes e granizo em várias regiões do estado. Os modelos meteorológicos indicam volumes de chuva de médios a muito elevados, com potencial para causar transtornos.

Na capital, o dia começou com céu nublado e chuva fraca e garoa generalizada. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, a temperatura média é de 18ºC, com máxima prevista de 26ºC.

O tempo seguirá instável, com pontos de chuva moderada a forte, acompanhados de raios e rajadas localizadas de vento, mantendo elevado o risco de alagamentos e queda de árvores na Grande São Paulo.

Para amanhã, a previsão indica continuidade de céu nublado e chuva, com temperaturas entre 20ºC e 25ºC. O CGE alerta que a persistência das chuvas e o solo encharcado ampliam o potencial para alagamentos, queda de árvores, transbordamento de córregos e deslizamentos de terra.

Créditos: UOL

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