Marco Rubio defende EUA como parceiro comercial do Brasil em vez da China

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou que seria vantajoso para o Brasil estabelecer os EUA como seu principal parceiro comercial, ao invés da China.

A declaração foi feita um dia antes do encontro previsto entre Donald Trump e Lula, na Ásia. Rubio afirmou a repórteres que, a longo prazo, é benéfico para o Brasil escolher os Estados Unidos como parceiro comercial preferencial.

O secretário também mencionou que Trump pretende abordar questões bilaterais com o Brasil, incluindo negociações comerciais, durante a reunião da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) na Malásia, evento que contará com a participação de ambos os líderes.

Lula falou ontem sobre sua disposição para discutir diversos temas com Trump, caso o encontro ocorra, incluindo tarifas sobre exportações brasileiras e tensões envolvendo a Venezuela.

Hoje, Lula expressou otimismo quanto à possível reunião com Trump, afirmando esperar encontrar soluções para os problemas na relação bilateral: “Tudo depende da conversa, eu trabalho com o otimismo de que a gente pode encontrar uma solução… Não tem exigência minha e não tem exigência dele ainda, vamos colocar na mesa os problemas e vamos tentar encontrar uma solução. Então, pode ficar certo que vai ter uma solução”, disse Lula em Kuala Lumpur.

Por sua vez, Trump afirmou estar aberto a reduzir as tarifas comerciais que os Estados Unidos impuseram ao Brasil, desde que as circunstâncias sejam favoráveis. Os EUA aplicaram uma tarifa de 50% sobre várias exportações brasileiras e sancionaram autoridades brasileiras, incluindo punições financeiras ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, acusado por Washington de violar direitos humanos.

Em setembro, Trump e Lula tiveram um breve contato nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, episódio em que Trump comentou ter havido “química excelente” entre eles.

Os presidentes também mantiveram uma conversa telefônica recente, considerada “amistosa” pelo governo brasileiro. Além disso, houve uma reunião em Washington entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e Marco Rubio.

Créditos: UOL