Saúde
11:06

Ministério da Saúde alerta sobre risco de metanol em bebidas alcoólicas no Brasil

O Ministério da Saúde investiga 59 casos suspeitos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas no Brasil. Na quinta-feira (2/10), o ministro Alexandre Padilha concedeu uma coletiva de imprensa para informar e orientar a população.

Ele destacou que bebidas não-destiladas, como vinhos e cervejas, apresentam risco menor de contaminação por metanol. De acordo com o Ministério, a cerveja, que é a bebida alcoólica mais consumida no país, tem menor probabilidade de ser contaminada comparada aos destilados.

Padilha explicou que o crime de adulteração envolve produtos destilados e incolores, que são mais vulneráveis a essas técnicas ilícitas. Em contraste, cervejas, que possuem tampa e gás, são mais difíceis de adulterar. Até o início da sexta-feira (3/10), nenhum caso de possível contaminação em cervejas havia sido registrado.

O ministro fez menção ao caso anterior da cervejaria Backer, onde a contaminação foi causada por falhas no processo de produção e não por adulteração criminosa. No caso atual, a suspeita é de que a adulteração tenha ocorrido após a produção das bebidas, diferença que ainda está em investigação.

Dados do Relatório Global de Consumo de Cerveja de 2024, da Kirin Holdings, indicam que o Brasil ocupa a 25ª posição no ranking mundial de consumo de cerveja, com média anual de 69,3 litros por habitante.

O Ministério da Saúde recomenda que a população evite o consumo de bebidas destiladas enquanto a investigação não for concluída, devido à dificuldade de rastreamento da fonte de contaminação e da distribuição das garrafas adulteradas. Até o momento, casos foram registrados em São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal, incluindo uma morte confirmada e seis casos sob investigação.

Créditos: O Tempo

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