Política
20:06

Ministra Gleisi rebate críticas de Alcolumbre sobre relação Governo-Senado

A ministra das Relações Institucionais respondeu por meio do X à nota do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que o criticou. Alcolumbre acusou setores do Executivo de criar uma “falsa impressão” de que a crise atual entre os Poderes seria resolvida por “ajustes fisiológicos”. Gleisi afirmou que o governo jamais associaria a relação institucional com o presidente do Senado a esse tipo de negociação.

Segundo a ministra, o governo rejeita tais insinuações, considerando-as ofensivas à verdade, às instituições e seus dirigentes, postura que teria sido adotada também pelo presidente do Senado em sua nota.

Ela defendeu que o mútuo respeito institucional norteara a indicação pelo governo e a apreciação pelo Senado de ministros do STF, do procurador-geral da República, diretores do Banco Central e agências reguladoras. Todos esses processos, segundo Gleisi, decorreram com transparência e lealdade, respeitando as prerrogativas do Executivo e do Senado.

A nota de Alcolumbre foi divulgada após reportagens que apontaram insatisfação sua com a indicação do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para o STF. Sem citar Messias, o senador ressaltou a prerrogativa do Senado de aprovar ou rejeitar o nome indicado pelo presidente.

Alcolumbre destacou que é fundamental que os Poderes se respeitem e cumpram seus papéis conforme normas constitucionais e regimentais. Ele também afirmou que o atraso no envio da indicação de Messias para o Senado seria uma “interferência indevida” no cronograma da Casa, que marcou a sabatina para 10 de dezembro.

Nos bastidores, integrantes do governo comentaram que o prazo para a sabatina é curto e pode representar uma tentativa do senador de pressionar pelos votos. O cronograma de votação, reforçam, é prerrogativa do Senado. O prazo estabelecido, dizem, está alinhado com as indicações anteriores e permite que a decisão ocorra ainda em 2025, evitando atrasos que foram criticados anteriormente.

Créditos: Correio do Povo

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