Política
18:04

Ministro da Saúde Padilha desiste de viagem aos EUA por restrições impostas

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que desistiu de viajar aos Estados Unidos devido às restrições impostas pelo governo americano, que impediram sua participação na Assembleia Geral da ONU e em outros eventos programados para a próxima semana.

Segundo Padilha, essas limitações impostas pelo governo Trump são “inaceitáveis” e representam “uma afronta”, inviabilizando sua presença nos eventos.

Em entrevista ao Estúdio i, ele explicou que as restrições não têm como alvo a pessoa dele, mas o cargo de ministro da Saúde do Brasil, o que o impediria de participar da reunião fundamental da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Washington, assim como de encontros bilaterais realizados fora da estrutura da ONU.

Padilha planejava anunciar na Opas um reforço financeiro do Brasil a um fundo estratégico da organização para facilitar a compra de vacinas e medicamentos contra o câncer com preços reduzidos para todo o continente americano.

As restrições específicas incluem a impossibilidade de deslocamento entre Nova York e Washington, fato que o ministro destacou como particularmente grave, já que o impede de comparecer à Assembleia Geral da Opas.

Além disso, ele teria seu acesso bloqueado a reuniões como presidente da parceria dos Brics na área da saúde, encontros do G20 e do Mercosul, muitas vezes realizados em embaixadas fora do perímetro da ONU. Visitas a hospitais e reuniões com empresas americanas interessadas em investir no Brasil também seriam inviabilizadas.

Padilha comunicou ter enviado uma nota crítica aos integrantes da Opas, na qual reprova a postura atual do governo dos EUA, afirmando que o espírito de cooperação americano “não sucumbirá à sombra de obscurantismo e negacionismo que paira sobre o país”.

Por fim, reforçou que essa “atitude absurda” dos EUA não intimida o Brasil, e que a resposta será ampliar investimentos na produção de vacinas e tecnologias no país. Destacou que, apesar da proibição de sua presença pelo governo americano, o compromisso brasileiro com a ciência e a imunização permanecerá firme.

Créditos: g1

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