Motta elogia Lula e Moro pela lei que aumenta punições contra crime organizado

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), parabenizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) pela aprovação da lei que fortalece o combate ao crime organizado no Brasil. O relator do projeto, deputado Rubens Pereira (PT-MA), também foi citado.

A legislação, que teve sua proposta apresentada por Moro, foi sancionada por Lula em 29 de outubro de 2025, em Brasília, com publicação no Diário Oficial da União no dia seguinte. A rivalidade histórica entre Lula e Moro remonta ao período da operação Lava Jato.

A relação entre os dois começou durante as investigações da Lava Jato, quando Moro atuava como juiz federal responsável pelos processos ligados à operação. Em 2017, Moro condenou Lula em um desses processos, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou essas decisões em 2021 ao considerar parcial o juiz na condução dos casos. Lula, já eleito presidente pela terceira vez, declarou em 2023 desejar “foder” Moro durante sua prisão.

A nova lei nº 15.245, de 2025, sancionada em 29 de outubro, altera as punições aplicáveis. A penalidade passou a ser de 4 a 12 anos de reclusão, com o início do cumprimento em presídio de segurança máxima, além de multa.

A sanção da lei ocorreu um dia após a deflagração da operação Contenção pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, que atuou nos complexos do Alemão e da Penha. Essa ação resultou em 121 mortes confirmadas pelo governo estadual, sendo 4 policiais e 117 civis, tornando-se a operação policial mais letal da história do país, superando o Massacre do Carandiru de 1992, que teve 111 detentos mortos.

A aprovação do projeto na Câmara, no início de outubro, ocorreu logo após a execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande, na Baixada Santista (SP). Fontes, aposentado da polícia, foi responsável em 2006 por indiciar toda a liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital), incluindo seu líder, Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola.

Créditos: Poder360