Nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA detalha prioridades globais até 2025

A Casa Branca publicou a nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, documento que orienta a política externa do governo Trump até 2025. O texto destaca a retomada da Doutrina Monroe no Hemisfério Ocidental, o foco na contenção da China na região Ásia-Pacífico e a manutenção da estabilidade na Europa.

O documento estabelece princípios gerais que guiam as políticas externa, de defesa e de inteligência dos EUA, entre eles a “Paz através da força”, reforçando a necessidade de liderança econômica, militar e tecnológica para proteger os interesses nacionais. Também são mencionadas a “Primazia das Nações”, que rejeita intervenção de organismos internacionais, e a “Predisposição à Não-Intervenção”, que não é absoluta.

No Hemisfério Ocidental, a estratégia reafirma a Doutrina Monroe para fortalecer a presença americana e impedir que influências externas posicionem forças ou controlem ativos estratégicos na região, que inclui a América Latina.

Na Ásia-Pacífico, o enfoque está na disputa com a China. O texto ressalta que essa área será um campo de batalha econômico e geopolítico no século XXI e aponta para a necessidade de competir com sucesso, consolidando alianças e parcerias que sustentem segurança e prosperidade.

Quanto à Europa, a estratégia americana demonstra preocupação com o que é chamado de “apagamento civilizacional” do continente, atribuindo a decadência política principalmente à União Europeia e à instabilidade de alguns países. O documento expressa o desejo de que a Europa recupere sua autoconfiança e abandone focos considerados malsucedidos.

No Oriente Médio, os EUA reconhecem que a região perdeu parte da centralidade que tinha na política externa do país, apesar de ainda haver dinâmicas problemáticas como o conflito palestino-israelense e a ameaça do Irã. O texto sugere que esses problemas são menos complexos do que geralmente retratados.

Sobre a África, a estratégia dedica apenas três parágrafos, indicando uma mudança de abordagem de ajuda externa para foco em investimento e crescimento.

Esses posicionamentos refletem a prioridade do governo americano em reafirmar sua liderança global em alinhamento com seus interesses estratégicos regionais até 2025.

Créditos: O Globo