Número 2 da Previdência é preso em operação da Polícia Federal
Adroaldo Portal, secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, foi detido nesta quinta-feira em uma nova fase da operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal. Ele é considerado o segundo membro mais importante da pasta e está no cargo desde maio deste ano, tendo atuado anteriormente como secretário do ministério.
Com 55 anos, Portal cumprirá prisão domiciliar após a prisão realizada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira. Em resposta à detenção, o ministro da Previdência Social informou que Wolney Queiroz determinou a exoneração de Adroaldo da Cunha Portal do cargo de secretário-executivo. O procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico do ministério, assumirá a função.
Jornalista de formação, Portal tem mais de 20 anos de experiência no Congresso Nacional. Desde 1999, trabalhou como gestor das equipes técnicas, no cargo de chefe de gabinete da Liderança da Bancada do PDT na Câmara dos Deputados.
Ele também exerceu função semelhante no Senado Federal durante a última Reforma da Previdência e foi chefe de gabinete e secretário executivo substituto do Ministério das Comunicações no governo Dilma Rousseff.
Além disso, desempenhou os papéis de presidente do conselho de administração dos Correios e conselheiro fiscal da Telebras. Também foi chefe de gabinete dos deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS), André Figueiredo (PDT-CE) e do senador Weverton Rocha (PDT-MA).
Antes de assumir o cargo de secretário-executivo da Previdência Social, Portal atuou na mesma pasta como Secretário do Regime Geral de Previdência Social entre fevereiro de 2023 e maio de 2025. Ele estava no ministério desde a gestão de Carlos Lupi, do PDT, e foi mantido pelo atual ministro Wolney Queiroz.
Portal é apontado como tendo ligação com o senador Weverton Rocha, que também é alvo de busca e apreensão na operação. Há registros de que o secretário-executivo chegou a receber em seu gabinete o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS.
Créditos: UOL Economia