ONU aprova plano de paz de Trump para Gaza; Hamas rejeita resolução
O Conselho de Segurança da ONU aprovou, na segunda-feira, o plano de paz elaborado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza. O texto visa encerrar o conflito entre Israel e o Hamas, incluindo a reconstrução de Gaza, o desarmamento do Hamas e a entrada de uma força internacional de estabilização para garantir a segurança no território.
O grupo Hamas rejeitou a aprovação da resolução pelo Conselho de Segurança nesta terça-feira (18), qualificando o plano como tendencioso para Israel e afirmando que não entregará as armas. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a aprovação do plano nas redes sociais, agradecendo a Trump e seu time, mencionando a devolução dos corpos dos reféns e defendendo a expulsão do Hamas de Gaza.
A Autoridade Palestina também saudou o plano e declarou estar pronta para sua implementação imediata, embora não controle Gaza, mas partes da Cisjordânia.
Na votação, 13 membros aprovaram a resolução, enquanto China e Rússia se abstiveram. A resolução dos EUA apoia um cessar-fogo de 20 pontos e a criação de um Conselho de Paz presidido por Trump como autoridade transitória.
A força de estabilização autorizada terá amplos poderes para supervisionar fronteiras, garantir segurança e promover a desmilitarização, com autorização válida até o final de 2027.
O Hamas reiterou que considera sua resistência contra Israel legítima e que não entregará armas. Durante negociações, países árabes e os palestinos pressionaram para que o texto incluísse um apoio explícito à autodeterminação palestina, o que foi incorporado e facilitou a aprovação.
A resolução prevê diálogo entre Israel e palestinos para um futuro político de coexistência. Além disso, países árabes e muçulmanos apoiaram a proposta, buscando um cessar-fogo duradouro e contribuição para a força internacional.
O cessar-fogo frágil em Gaza, vigente após a guerra iniciada em outubro de 2023, segue ameaçado. O conflito já resultou na morte de cerca de 1.200 israelenses e mais de 69 mil palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas, que indicam que a maioria das vítimas são civis.
A resolução dos EUA exige o desarmamento permanente de grupos armados não estatais e detalha que a força internacional trabalhará com uma força policial palestina treinada, coordenará o fluxo de ajuda humanitária e cooperará com Egito e Israel.
À medida que a força de estabilização assegure o controle, as tropas israelenses deverão se retirar de Gaza conforme critérios vinculados à desmilitarização, a serem acordados entre as partes envolvidas.
Este passo é visto como crucial para a manutenção do cessar-fogo e para a definição do futuro da Faixa de Gaza após anos de conflito intenso.
Créditos: g1