Internacional
18:06

Países do Mercosul cobram restauração da democracia na Venezuela

Seis países do Mercosul emitiram um comunicado neste sábado (20) solicitando o restabelecimento da ordem democrática e o respeito aos direitos humanos na Venezuela. O documento não recebeu a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem de outras autoridades brasileiras.

Divulgado durante a Cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu, o texto expressa grande preocupação diante da crise migratória, humanitária e social vivida pela Venezuela. Ele destaca que Caracas foi suspensa do bloco devido à ruptura da ordem democrática.

Além disso, o comunicado pede que as autoridades venezuelanas cessem os desaparecimentos forçados e as detenções arbitrárias, respeitando o direito ao devido processo legal.

O documento foi assinado pelos presidentes da Argentina, Javier Milei; do Paraguai, Santiago Peña; e do Panamá, José Raúl Mulino. Também conta com a assinatura de autoridades de alto escalão da Bolívia, do Equador e do Peru.

O texto reforça que os princípios do multilateralismo, da democracia, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais são fundamentais para o processo de integração e desenvolvimento regional. As autoridades firmaram compromisso em trabalhar para o restabelecimento pacífico da ordem democrática na Venezuela.

O comunicado não faz referência à tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, tampouco ao aumento da presença militar americana na região.

A declaração final da Cúpula de Líderes do Mercosul também não mencionou a situação venezuelana.

Durante a cúpula, o presidente Lula declarou que uma intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela representaria uma “catástrofe humanitária” e um “precedente perigoso para o mundo”. Por outro lado, o presidente argentino, Javier Milei, elogiou a “pressão” exercida pelo presidente americano, Donald Trump, sobre Nicolás Maduro.

Créditos: CNN Brasil

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