Internacional
15:06

Paraguai autoriza forças armadas a combater CV e PCC como grupos terroristas

O governo do Paraguai anunciou na sexta-feira (24) que as Forças Armadas estão oficialmente autorizadas a atuar diretamente contra as facções brasileiras Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC. Ambas foram declaradas “organizações terroristas internacionais” pelo país.

A confirmação veio do ministro da Defesa, Óscar González, em entrevista à rádio ABC Cardinal, um dia após o presidente Santiago Peña assinar um decreto formalizando essa decisão.

Conforme González, o novo enquadramento jurídico “habilita” as Forças Armadas a agir de forma independente contra esses grupos criminosos.

“Esses grupos já eram enfrentados pelas Forças Armadas, mas sempre com alguma coordenação com outras instituições para legitimar juridicamente as ações. Agora não precisamos mais disso para enfrentar esses dois grupos criminais”, declarou o ministro.

O decreto presidencial foi publicado na quinta-feira (30), logo após uma megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou em pelo menos 121 mortes, segundo o governo estadual. A ação tinha como alvo o Comando Vermelho, que também atua no Paraguai, especialmente nas regiões fronteiriças com o Brasil.

González ressaltou que a medida não é meramente simbólica, mas representa uma mudança concreta na atuação das forças de segurança.

“Acreditamos que isso não é apenas um símbolo”, afirmou. Ele acrescentou que o decreto “proporciona respaldo jurídico e operacional” não apenas às Forças Armadas, mas também à Polícia Nacional, à Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e a outros órgãos envolvidos na repressão ao crime organizado.

Segundo o texto assinado por Peña, há “elementos suficientemente comprovados para sustentar que ambas as organizações delitivas transnacionais estão operacionalmente presentes no Paraguai”. O documento adverte que as atividades ilícitas do CV e do PCC “se estendem ao território nacional”, justificando sua classificação como ameaça à segurança do Estado.

Créditos: Gazeta do Povo

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