Notícias
18:06

Penélope, combatente do CV, morta em megaoperação no Rio

Penélope, conhecida como “Japinha do CV” e “musa do crime”, foi morta durante uma megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, realizada na terça-feira.

Ela foi identificada pelas forças de segurança como uma das principais combatentes do Comando Vermelho (CV), atuando na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas do grupo criminoso. Quando encontrada, usava uma roupa camuflada, característica que pode ser facilmente adquirida em sites de comércio eletrônico, com preços entre R$ 150 e R$ 164,65.

Segundo informações preliminares, Penélope resistiu à abordagem policial e disparou contra os agentes, sendo alvejada por um tiro de fuzil no rosto. Seu corpo foi encontrado próximo a um dos acessos da comunidade, vestido com a roupa camuflada e um colete. Imagens após a operação circulam nas redes sociais.

Nas redes sociais, Penélope ostentava armas de grosso calibre, fazia poses sensuais e exibida fuzis e equipamentos táticos. O apelido “musa do crime” ganhou força entre integrantes do tráfico e seguidores, fazendo dela uma figura conhecida nas comunidades dominadas pelo CV nos complexos do Alemão e da Penha. Seu perfil no Instagram tinha pouco mais de 60 mil seguidores.

A megaoperação que resultou na morte de Penélope deixou um saldo de quatro policiais mortos e oito feridos. Segundo a Polícia Civil, 60 suspeitos foram mortos — dois deles da Bahia — e quatro moradores ficaram feridos. A ação mobilizou 2,5 mil policiais e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, incluindo 30 criminosos de fora do Rio que estavam escondidos nas comunidades.

Até o fim da tarde de quarta-feira, 81 pessoas haviam sido presas e 93 fuzis apreendidos.

Promotores do Gaeco apontam que o foragido Doca, de 55 anos, é o principal líder do CV no Complexo da Penha, além de comunidades como Gardênia Azul e César Maia, na Zona Oeste, e Juramento, na Zona Norte. A denúncia do Ministério Público do Rio também cita como líderes da facção Pedro Paulo Guedes, conhecido como Pedro Bala; Carlos Costa Neves, o Gadernal; e Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão.

Créditos: O Globo

Modo Noturno