Petrobras prevê início da produção na Foz do Amazonas até 2033

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou à CNN que a produção de petróleo na Foz do Amazonas pode começar até 2033, desde que a avaliação de viabilidade, o planejamento da exploração e a liberação das licenças necessárias ocorram dentro do prazo adequado.

Na segunda-feira (20), a Petrobras comunicou que recebeu do Ibama a licença para a perfuração exploratória de um poço no bloco FZA-M-059, situado no litoral do Amapá, na Margem Equatorial.

A empresa iniciará a perfuração de poços exploratórios para avaliar se as reservas de petróleo e gás são suficientes para a produção comercial. Estima-se que essa etapa, responsável por projetar as reservas, possa durar até três anos.

Confirmada a viabilidade comercial, a Petrobras passará para a fase de planejamento e produção, que inclui o desenvolvimento da planta e do sistema de exploração em um Plano de Desenvolvimento, que deve ser aprovado pela ANP antes da execução.

O processo de licenciamento seguirá de forma contínua, exigindo autorizações específicas para o desenvolvimento do campo, instalação das estruturas de produção — como plataformas, gasodutos e oleodutos — e para o início da produção efetiva na região.

A presidente comentou: “Se o processo correr bem e as licenças forem concedidas no prazo, isso deverá acontecer entre sete e oito anos”.

O local da exploração está em águas profundas do Amapá, a 500 km da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa. A sonda já está posicionada para perfurar o poço, cuja obra exploratória deve começar imediatamente e ter duração estimada de cinco meses.

Magda Chambriard destacou que a licença de exploração é uma conquista da sociedade brasileira e comprova o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e o desenvolvimento do país.

Ela ressaltou que a companhia utilizou uma estrutura robusta de proteção ambiental para a perfuração em águas profundas do Amapá, garantindo operação com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. A expectativa é obter excelentes resultados na pesquisa e comprovar a presença de petróleo nessa nova fronteira energética brasileira.

De acordo com relatório do Itaú BBA divulgado em 20 de junho, a bacia da Foz do Amazonas pode conter cerca de 5,7 bilhões de barris de petróleo acumulados. Isso representa um aumento potencial de 34% nas reservas brasileiras e 58% nas reservas da Petrobras.

Créditos: CNN Brasil