Polícia Civil do Rio promete resposta após mortes em operação na Penha e Alemão
Após a morte de quatro policiais durante uma operação nos complexos da Penha e do Alemão, a Polícia Civil do Rio afirmou que dará uma resposta à altura, garantindo que os ataques não ficarão impunes. Além dos quatro agentes mortos, 15 policiais ficaram feridos, transformando o Hospital Estadual Getúlio Vargas em uma unidade de guerra.
O perfil oficial da Polícia Civil no Instagram publicou uma mensagem em homenagem aos mortos, afirmando que a resposta está a caminho e que os ataques covardes contra os agentes não serão esquecidos.
Os quatro policiais assassinados foram os 3º sargentos da Polícia Militar Heber Carvalho da Fonseca e Cleiton Serafim Gonçalves, ambos do BOPE, além dos policiais civis Rodrigo Cabrale e Marcos Vinicius Cardoso Carvalho. Eles foram vítimas de traficantes do Comando Vermelho durante os confrontos.
Rodrigo Cabral, com dois meses de corporação e lotado na 39ª DP (Pavuna), era visto como um profissional promissor. Ele foi baleado na nuca durante o confronto e não resistiu. Nas redes sociais, Rodrigo mostrava momentos familiares felizes, como viagens com a esposa e a filha, e festas do Botafogo, seu time do coração. Sua esposa o descrevia como o melhor pai, marido e amigo.
Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, conhecido como Máskara, tinha 20 anos de serviço e era chefe na 53ª DP (Mesquita). Muito respeitado por sua atuação em crimes organizados, participava ativamente das operações mesmo ocupando cargo de chefia. Ele foi atingido na cabeça e socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiu.
Os sargentos Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca tinham 17 e 14 anos de serviço, respectivamente. Ambos foram atendidos com vida, mas vieram a falecer. Cleiton, de 42 anos, deixa esposa e filha, enquanto Heber, de 39 anos, deixa esposa, dois filhos e um enteado. O BOPE prestou homenagem ressaltando o legado de coragem e compromisso dos policiais.
Na operação, 60 suspeitos foram mortos, 15 agentes ficaram feridos (10 PMs e 5 civis), além de cinco civis baleados, entre eles uma pessoa em situação de rua e três moradores da região que tiveram seus quadros clínicos estabilizados.
Familiares dos policiais falecidos começaram a se reunir no Hospital Estadual Getúlio Vargas pela manhã. O Núcleo de Acolhimento à Família recebeu muitos parentes, entre mães, irmãs e namoradas, formando uma fila pela Rua Dr. Weinschenk.
Uma mãe emocionada relatou estar angustiada pela falta de socorro a seu filho ferido, afirmando o medo de perdê-lo, apesar de reconhecer que ele estava envolvido em atividades erradas.
Créditos: O Globo